Wladimir diz que não tem percentual para jogar na mesa de negociação com servidores
Dora Paula Paes 20/05/2022 08:20 - Atualizado em 20/05/2022 08:41
Servidores se concentram em frente à Prefeitura
Servidores se concentram em frente à Prefeitura / Genilson Pessanha

O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, disse que não existe disponibilidade na fonte de custeio de recurso próprio para aumento efetivo de longo prazo da folha de pagamento dos servidores. Ele explica que a negociação está aberta, porém sem um percentual para reposição salarial ser jogada na mesa. Por outro lado, explica que algumas coisas podem ser feitas, como verbas indenizatórias (como foi o bônus no ano passado), aumento do vale alimentação... "Temos várias maneiras de valorizar os servidores", ressaltou o prefeito na noite de quinta-feira (19). Nesta sexta-feira (20), a greve geral dos servidores municipais entra no quarto dia e eles seguem na frente da Prefeitura.

Também foi na quinta-feira, que segundo o prefeito, pela primeira vez o governo recebeu um documento com reivindicações formais, por escrito dos servidores. O documento, no qual Wladimir não enumerou a pauta, foi protocolado na secretaria de Administração.

"Até então era uma coisa muito difusa. Não tinha um documento com o que eles pleiteavam de fato. Mas, eles (servidores) protocolaram na secretaria de Administração. Várias daquelas pautas já foram conversadas, com os servidores em outros momentos. Eles querem voltar a conversar sobre elas, mas é assim mesmo. A gente vai para o caminho do diálogo, da negociação. O que for possível fazer, a Prefeitura vai fazer, desde que ambas as partes cumpram o que for acordado. A minha chateação durante um período era de que tudo aquilo que era acordado, quando saia da sala eles falavam o contrário. Então que seja feito tudo às claras, com transparência", reclamou Wladimir.

Quanto a uma mesa de negociação. Wladimir ressalta que sempre esteve aberto."Nunca me furtei em receber os servidores", e ainda acrescenta: "Eu só não posso ser irresponsável. Durante um período na cidade, no governo que foi irresponsável, o servidor ficou sem receber. Aquilo que eu puder dá com garantia de responsabilidade é para que eu possa cumprir. Se eu faço uma coisa agora, que não seja sustentável, logo ali na frente o servidor vai estar sem receber salário. Eu não vou fazer isso. Quando vocês tiverem o sim do prefeito é de algo sustentável que eu possa fazer."
Documento do Siprosep contém oito pedidos ao governo
A pauta de reivindicações dos servidores contém oito itens. O Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos dos Goytacazes (Siprosep) protocolou o documento na secretaria de Administração, endereçado ao prefeito Wladimir, no último dia 18. O sindicato continua afirmando que pelos números do Portal da Transparência, o município teria condições de reajustar salários em até 15%, mas que aceitam outro percentual.

* Aportes financeiros dos royalties e participações especiais para Previcampos, exemplo Rioprevidência

* Que o menor salário do funcionalismo seja reajustado, de maneira que o salário não seja inferior ao salário mínimo e que o reajuste seja automático, conforme legislação federal, incluindo os aposentados
* Gratificação de escolaridade por nível para corrigir a falta de promoção para as categorias que não foram contempladas PCCS

* A criação do pagamento de anuênio, que viria em substituição ao quinquênio, devendo a cada ano ser acrescido 1,5%, onde além dos reajustes serem anuais, ao fim de 5 anos haveria um acréscimo de 7,5% nos vencimentos do servidor e não somente 5% a cada 5 anos, incluindo os aposentados com paridade
* Garantia em lei municipal de reposição anual, conforme solicitado na ação civil pública por este sindicato

* Auxílio alimentação para todos os servidores com salário base de R$ 4.600,00 equivalente a porcentagem do ano de 2016

* Abono de 14º salário no mês de aniversário

* Retorno do abono permanência

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