Campos recebe, nesta sexta-feira (20), o maior repasse mensal de royalties, em valores correntes, da sua história. O depósito será de R$ 73.438.514,64, com alta de 61,6% em relação a abril, quando foram pagos R$ 45.457.676,93. Em comparação com maio de 2021, quando foram repassados R$ 37.076.891, o aumento é de 98%. Até a parcela de maio de 2022, o maior repasse de royalties da história de Campos era de fevereiro de 2014, quando foram depositados R$ 57,9 milhões.

São João da Barra, Macaé e Carapebus também receberam seus maiores repasses de royalties da história. O município sanjoanense, aliás, bate o terceiro recorde consecutivo. Neste mês, o repasse será de R$ 23.039.875,10, valor 29,9% superior ao de abril (R$ 17,7 milhões) e 68,9% maior que o depósito de maio de 2021. Para a Prefeitura de Macaé, o repasse será acima dos R$ 100 milhões pela primeira vez: R$ 113.409.752,03. O depósito é 27,8% maior que o de abril (R$ 88,7 milhões), além de ser 41,4% superior ao mesmo período do ano passado.

Para Carapebus, o repasse será de R$ 8.353.830,74, valor 28,3% maior que o do último mês (R$ 6,5 milhões). Já em comparação com o mesmo período em 2021 (R$ 5,8 milhões), a alta para Carapebus no depósito desta sexta é de 44%.

Quissamã vai receber R$ 19.973.734,56 de royalties neste mês, um acréscimo de 10,2% em relação ao depósito do último mês, que foi de R$ 18,1 milhões. Comparando com o mesmo período de 2021 (18,5 milhões), a alta foi de 7,5%. Para Casimiro de Abreu, repasse também em alta: R$ 17.234.972,85. O valor que será pago nesta sexta é 16,1% superior ao de abril (R$ 14,8 milhões) e 98,7% acima do repasse de maio de 2021 (R$ 8,7 milhões).

Consultor de petróleo, gás e tecnologia, Wellington Abreu destaca que a produção de março, que é paga nesta parcela de royalties de maio, é a melhor do ano para muitos muitos município, além de ser recorde para outros. “O valor do petróleo teve sua máxima no mês de março com o início do conflito na Ucrânia e chegou próximo aos US$ 130 e oscilou acima dos US$ 100, por todo mês. Além deste fator a produção de março foi maior, e demandas judiciais aumentaram acima da média os repasses de Araruama e Campos,  que conseguiu receber no último dia 09 um repasse extra de R$ 68 milhões, por retroatividade de enquadramento”, afirmou.

Wellington ainda destacou que o Estado do Rio de Janeiro também teve um recorde de repasse, que chegou a R$ 929 milhões. Ele destaca ainda que existem regras na aplicação dos recursos, além da preocupação com um processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), desde 2013, que trata da possibilidade da partilha dos royalties. “Caixa para benefícios estruturantes, mas vale ressaltar que todos estes repasses estão sob decisão de uma liminar e precisamos de um "Acordo em Brasília", para termos tranquilidade e lembrar aos gestores que royalties não são mais aceitos em nenhum pagamento de pessoal. Sigamos acompanhando e aguardar melhorias para todo estado e região”.