Castelinho do Parque Aurora ainda alimenta a imaginação
Dora Paula Paes - Atualizado em 18/06/2025 06:59
Divulgação/Foto: Yasmin Rodrigues
O Castelinho do Parque Aurora, em estilo medieval, em Campos, foi o cenário escolhido para eternizar em fotografias a família da aposentada Verônica Fernandes. A fotógrafa, Yasmin Rodrigues, conhecendo bem os gostos de Verônica e de seus dois filhos - que são crianças atípicas - por histórias de fantasias com vampiros e lobisomens, sugeriu, todos toparam e a produção ganhou as redes sociais, despertando o imaginário sobre a história do imóvel, ainda de pé, com seu aspecto decadente. Conta-se que o local é permeado de histórias de assombração.

A obra da construção, datada da década de 80, nunca foi concluída, já que o proprietário morreu antes de finalizar. Hoje, os escombros ainda chamam a atenção no bairro, entre as demais construções. Suas torres podem ser vistas de longe. Os buracos, que já foram portas e janelas, parecem olhos que observam quem passa pelo local.
 
Divulgação/Imagem: Yasmin Rodrigues

Verônica, o marido e os dois filhos se aventuram no local para marcar o seu Dia das Mães, deste ano, com imagens especiais. Moradora do Parque Tarcísio Miranda, segundo ela, conhece um pouco sobre o castelo, por ouvir falar, e por frequentar a área onde ele está localizado, na sua adolescência.

“Como toda a história de Campos em si, é algo que não vemos na escola. A Yasmin conhecendo nosso gosto, sugeriu e o resultado foi maravilhoso. O Castelinho se tivesse um pouco mais de cuidado seria um ótimo ponto turístico e de lazer”, disse Verônica.
Divulagação/Foto: Yasmin Rodrigues

Yasmin, que reside em Campos há 10 anos, e conhece a família de Verônica há quatro anos, disse que sempre busca lugares inusitados para a produção do seu trabalho. “O Castelinho do Parque Aurora era o perfil dessa família maravilhosa. E o resultado agradou muito. Eles entraram nos personagens como o local pedia. Foi mais uma experiência enriquecedora para conhecer a cidade onde moro atualmente”, conta a fotógrafa.

Com mais de 5 mil metros quadrados, quatro andares de construção, apesar do abandono, o Castelinho do Parque Aurora está na memória de muitos campistas. A historiadora Rafaela Machado, inclusive, já fez um resgate de uma fração da história do local.
Divulgação/Foto: Yasmin Rodrigues

História - Durante a obra do castelo até um material raro na época, o óleo de baleia foi usado, o mesmo utilizado na construção de fortes, igrejas e engenhos, e precisou ser importado. O local também deu lugar a muitas festas, sendo as mais famosas as de halloween.
“Apesar de hoje abandonado, ele está na memória de muitos campistas. Esse lugar é rodeado de histórias de assombração. Quem começou a construção foi Joanito Matoso, que tinha um sonho de morar em um castelo, mas em decorrência de vários problemas ele não conseguiu terminar a obra e logo veio a falecer no início dos anos 80. Depois da morte do proprietário tornou-se dono José Belo, entre 1988 e 1994. Ele colocou o imóvel à venda em 1993, mas nunca foi vendido. Além de abandonado, foi local de alguns crimes, o que é uma pena, porque tem imenso potencial para várias finalidades, inclusive turísticas e culturais”, diz Rafaela em um vídeo no Instagram.

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