Encontro de grupo de dorameiras de Campos
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As polêmicas dentro e fora da tela de “Vale Tudo”, novela do horário nobre na televisão brasileira, não têm vez. Para um grupo de mulheres campistas, que só cresce, o entretenimento vem do outro lado do mundo. Os doramas românticos (coreanos, japoneses ou chineses) que cativam globalmente. Em Campos, as irmãs Vanessa e Andréia transformaram essa paixão em encontros que celebram produções que apresentam jornada emocional que reflete experiências e aspirações reais. Essas séries destacam, principalmente, lições de empatia e resiliência, além de celebrar a beleza que é se apaixonar.
Essas histórias de amor, ricas em variedade de emoções, além de desafios relacionais, aquecem os corações em tramas únicas, de 16 a 20 epsódios na sua maioria.
No dia 25 de maio, [email protected] de Campos se reuniram em um segundo encontro. O primeiro aconteceu em um shopping da cidade, em abril, quando assistiram juntas o lançamento do filme “12:12, o Dia”, com um dos oppas queridinho Jung Hae-in.
- Eu e minha irmã nos tornamos dorameiras em 2020, na pandemia. Aquele período que a gente caçava algo para fazer na internet. E como a gente queria consumir os conteúdos sobre doramas, postar, compartilhar, falar sobre, criamos uma página no Instagram. Esse ano a página cresceu e criamos um WhatsApp, com essas oito mulheres, após nosso segundo encontro, o grupo já conta 140. Inclusive, nosso próximo encontro será no dia 2 de agosto - disse Vanessa, 44 anos, jornalista e microempreendedora.
Se o primeiro encontro teve como motivação assistir a um filme juntas, o segundo foi momento de falar dos doramas, atores e atrizes preferidos. “Foi muito divertido. Nossas dorameiras ainda representaram cenas que chamam atenção”, conta.
Sem sexualização - O aparecimento do mocinho com um guarda-chuva para socorrer a mocinha é clichê, mas a gentileza pega em cheio quem está do outro lado da tela acompanhado a série. Se procura beijos ou cenas mais sexualizadas, é bom desistir. O amor fala primeiro com a conexão de alma.
As dorameiras não têm idade. “Minha mãe de 68 e minha sobrinha de 16 anos são prova”, ressalta Vanessa. No Brasil, até o ator Miguel Falabella já revelou que assiste doramascoreanos e, inclusive, reforçou em entrevista como essas novelas prezam pela educação em suas histórias.
Vanessa, porém, vai além. Segundo ela, algumas dorameiras conseguem até sair de depressão. “Sabemos que é tudo ficção, mas as coisas ruins a gente já vê nos noticiários, as novelas estão cheias de nudez e coisas ruins e os doramas vieram na contramão disso tudo. Podemos assistir com nossos filhos do lado, sem medo de aparecer um casal namorando sem roupas”, conta.
Sobre fãs de carteirinha, tem a irmã de Vanessa, Andréia Corrêa, 48 anos, microempreendedora. De 2019 até hoje, ela já assistiu a 400 doramas e chega a acompanhar oito de vez.
Outra dorameira apaixonada, Rosemeri Tancredi, 62 anos, monitora de alarmes, que integra o grupo das irmãs, elevou sua paixão por doramas a outro patamar. Ela tatuou o símbolo de coração no braço e exibe com orgulho.
Tatuagem da fã de dorama Rosemeri
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“A pessoa que entra no mundo do dorama não sai mais. É uma história mais cativante do que a outra. Se tiver em uma depressão, te ajuda. Não tem como explicar. Neste processo, também somos criticadas por gostar, por ser fã dosatores. Eu falo por mim, me ajuda muito, me deixa feliz”, conta Rosemeri, que é tem seu oppa preferido, o ator e músico, Kim Seok-woo, ou Rowoom.
Vanessa também tem seus escolhidos. “O meu oppa é o Lee Min-ho e a minha unnie é a Kim Yoo-jung”. Quanto a títulos e dicas ela fala do quanto é difícil recomendar um só. O dorama“Pousando no Amor” é quase unanimidade entre as dorameiras, mas “Sorriso Real” e “Pretendente Surpresa” também estão na lista de Vanessa.