Bento XV, 258° papa da história da Igreja Católica
Pedro Henrique Figueiredo - Atualizado em 26/09/2025 16:27
Papa Bento XV
Papa Bento XV / Divulgação
Nascido na cidade italiana de Pegli no dia 21 de novembro de 1854, Giacomo della Chiesa era proveniente de uma família nobre. Mas, embora seu nome fosse muito sugestivo para uma vida religiosa, o seu pai não concordava com sua escolha pelo sacerdócio, desejava que ele seguisse a carreira jurídica. Em virtude do desejo de seu pai, Giacomo della Chiesa doutorou-se em Direito aos 21 anos de idade, antes de ser ordenado sacerdote. Sua formação o levou ao serviço diplomático do Vaticano para trabalhar como secretário do cardeal Mariano Rampolla. Sua entrada na vida religiosa só foi possível após muita insistência de Giacomo com seu pai, que, ao final, cedeu aos pedidos do filho.
Com a concessão do pai, Giacomo iniciou sua carreira religiosa e cresceu de forma mui rápida. Em 1907, tornou-se arcebispo de Bolonha e, sete anos mais tarde, foi nomeado cardeal. Naquele momento, pairava na Europa um clima de crescente hostilidade que culminou com a eclosão da 1ª Guerra Mundial (ou a Primeira Grande Guerra). Até o início do conflito internacional, o papa vigente era Pio X. Mas este morreu logo no início da guerra, o que forçou um conclave que foi realizado na Capela Sistina no dia 3 de setembro do ano de 1914. Os cardeais votaram e escolheram o sucessor de Pio X o cardeal Giacomo della Chiesa, o qual tomou posse no dia 6 de setembro assumindo o nome de Bento XV.
Bento XV foi o papa responsável por liderar a Igreja Católica nos anos da Primeira Grande Guerra. Após um período de praticamente meio século de crescimento europeu, em que se viu muito progresso tecnológico e até mesmo artístico, os países caíram em um conflito bélico que assustou os europeus e o mundo. Toda aquela capacidade de crescimento tecnológico mostrava-se apta também para o massacre e a destruição em massa. O cenário era de completa desilusão com a raça humana. Nesse contexto, Bento XV foi obrigado a se posicionar e o fez ressaltando que a Igreja Católica assumiria uma postura neutra, porém dedicada a promover a paz e a acudir os feridos. O novo Papa (Bento XV) tentou negociar a paz entre os povos de diversas formas, porém não foi ouvido. Com o fim da Grande Guerra, o Vaticano não foi chamado para as negociações de paz. Mas essas tentativas de restabelecer a paz na Europa marcaram o papado de Bento XV, que liderou a Igreja Católica durante todos os anos do conflito.
A Primeira Guerra chegou ao fim em 1918. Os países europeus reuniram-se para restabelecer a paz no continente e superar os estragos feitos e as várias vidas perdidas. Mais uma vez, Bento XV mostrou-se sintonizado com a situação política internacional e procurou adaptar a Igreja às características que emergiram no novo sistema, após a guerra. A partir do final do conflito armado, o papa Bento XV dedicou-se a uma reforma administrativa da Igreja até sua morte, em janeiro de 1922. Bento XV foi sucedido pelo papa Pio XI.

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