Filas longas e demoradas, apesar de ordem alfabética para vacinação
Ícaro Abreu Barbosa 23/02/2021 14:25 - Atualizado em 23/02/2021 19:32
A vacinação contra a Covid-19 para farmacêuticos, médicos, dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, enfermeiros e técnicos de enfermagem em Campos, começou, nesta terça-feira (23), com muita fila e algumas reclamações pela demora. Seguindo a logística utilizada para receber os idosos com mais de 90 anos e acrescentando uma divisão por ordem alfabética, para receber o público-alvo nesta etapa, a Prefeitura de Campos montou um drive-thru na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e um no Guarus Plaza Shopping. Para receber a primeira dose da vacina, os profissionais devem apresentar identidade, carteira do conselho profissional, CPF e comprovante de residência.
A vacinação do público vai funcionar, também, na quarta (24) e quinta (25), com a repescagem na sexta-feira, das 9h às 15h, seguindo a ordem: Quarta-feira (24) será a vez dos profissionais da letra J a O; na quinta-feira (25), da letra P a Z. Já na sexta-feira (26) acontecerá a repescagem para os que estão dentro deste critério e não puderam comparecer no dia marcado.
Muitos chegaram nos locais de vacinação antes mesmo do horário previsto, segundo relatos às 3h30 da manhã já haviam pessoas na UENF,  para o início do atendimento e tiveram que enfrentar uma longa fila de carros. Alguns reclamavam e, ao mesmo tempo, agradeciam por estar recebendo as doses. Foram comentados também alguns problemas de organização. A fila, logo no início da manhã, se dividiu em duas e teve gente que perdeu vez. Além disso, também compareceram profissionais desinformados que não estavam no dia de se vacinar e não sabiam. Esses fatores contribuíram para um atraso que durou até 12h, quando a fila começou a fluir normalmente.
– Há muita demanda, inclusive existem pessoas que chegaram na fila às 3h30 da manhã. Nós começamos a imunização por volta de 8h30, mas está seguindo o fluxo. São profissionais de várias áreas e a demanda é bem grade. A fila está andando, mas está com bastante gente. Nós também reforçamos os profissionais trabalhando nos postos. Somos sete técnicos e duas enfermeiras, cinco de nós aplicando, atuando aqui na UENF hoje – comentou Luiza Couto, de 23 anos, enfermeira responsável pela coordenação da vacinação nesta terça-feira (23) na UENF.
O fisioterapeuta André Luís Aguiar, de 40 anos, comentou que esperou quatro horas na fila e dentro do seu carro, rezava para não fazer tanto calor: "Eu já vi a previsão e amanhã, com previsão de 35º à 38º graus, o pessoal vai sofrer mais um cadinho se a demora continuar desse jeito".
- Eu acredito que essa vacinação possa ser mais descentralizada, pelo que estou vendo, é só um posto vacinando e, se colocar mais alguns, poderia acelerar o processo - opinou André sobre maneiras de agilizar a imunização.
Para Gisele Tavares, psicóloga, essa demora faz parte e não é o maior problema, julgando que enfrentamos uma pandemia. "Eu estou aqui na fila desde 9h da manhã e agora (por volta de 12h) estou começando a entrar na reta final da fila. A demora é grande, mas é o preço que se paga pela imunização. Temos que agradecer, pois estamos no carro e não em pé", comentou Gisele.
Se para quem estava de carro estava difícil, quem embarcou de moto, de baixo da garoa da manhã e enfrentou o sol de meio dia, como o também psicólogo Elias Souza Ribeiro, de 35 anos, estava em situação ainda pior. Ainda assim, Elias se conformou: "Há uma espera longa, mas eu já esperava por isso. Havia uma expectativa e muita gente já vinha comentando. Estamos aqui, eu e meu pai que veio me trazer de moto, há umas três horas e no começo sentimos uma falta de organização na entrada. Mas tudo isso vale a pena, vai garantir nossa imunização e possibilitar que a gente não se torne um futuro vetor para outras pessoas que não serão vacinadas nesse momento", concluiu. 

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