Aglomerações persistem, apesar das medidas de restrição
Ícaro Abreu Barbosa 09/12/2020 13:58 - Atualizado em 09/12/2020 16:32
Aglomerações no Centro de Campos
Aglomerações no Centro de Campos / Rodrigo Silveira
Apesar do reforço das restrições imposto pelo aumento contínuo dos casos de infecção e mortes pela Covid-19 em Campos, com o retorno à fase amarela do plano de retomada das atividades econômicas e sociais, cenas de aglomeração são vistas com frequência em áreas centrais da cidade. Com a ocupação dos leitos públicos em 85% nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e 74% nos leitos Clínicos, a Prefeitura pede mais conscientização voluntária e informa que as fiscalizações trabalham diariamente.
“Na última semana, a fiscalização realizada na área da Pelinca encontrou vários estabelecimentos em desacordo com o decreto e os mesmos foram fechados. Eventos também foram encerrados pela equipe de fiscalização tanto na área central, quanto em Guarus”, informou a Prefeitura, incentivando as denúncias de aglomeração por meio dos canais da secretaria de Segurança Pública (22) 98175-2058; da Guarda Civil Municipal, (22) 98175-0785, e da superintendência de Postura (22) 98168-3645.
A permanência ou não da fase amarela será anunciada nesta quinta-feira (10). A decisão de mudança ou permanência de fase é tomada a partir de avaliação técnica da Prefeitura somada à análise do Departamento de Vigilância em Saúde sobre o cenário epidemiológico da semana. “O modelo matemático e estatístico desenvolvido para avaliar como está a pandemia no município considera os números da última semana no que tange a propagação da Covid-19 e a capacidade do sistema de saúde, além de outros dados, como redução de óbitos”, explica, em nota, a Prefeitura de Campos.
Enquanto isso, o boletim epidemiológico da Prefeitura de Campos, divulgado na noite dessa terça-feira (8), trouxe um óbito e 98 novos casos de Covid-19, em 24 horas. Os números fizeram o município contabilizar 487 mortes e 11.706 casos confirmados da doença desde o início da pandemia, em março. Além disso, 30.049 pessoas apresentaram sintomas suspeitos do vírus e são acompanhadas por equipes de saúde. Até o momento, 9.816 pacientes recuperados.
Para o médico infectologista, Nélio Artiles, "infelizmente há pouca fiscalização e as aglomerações ainda ocorrem com pessoas desrespeitando as recomendações". Ele ainda explica que a queda das taxas de infecção em outubro gerou uma desmobilização de equipes e leitos. O novo aumento dos casos fez com que isso se transformasse, nos números, em "uma taxa elevada de ocupação de leitos de enfermaria e de UTI".
- Aparentemente estamos com uma curva ascendente do número de casos e isto deve continuar ainda reflexo das atitudes e comportamentos das últimas semanas - comentou Nélio, pontuando que "Não haveria necessidade de retroceder de fase desde que as pessoas respeitassem as recomendações".

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