Vereador Álvaro Oliveira é o entrevistado do Folha no Ar
Arnaldo Neto 07/01/2020 08:32 - Atualizado em 19/02/2020 15:42
Vereador da bancada de oposição em Campos, Álvaro Oliveira (SD) afirmou que o grupo deu o primeiro passo para que se chegasse a um consenso para viabilizar a votação do Orçamento do município para o exercício financeiro de 2020, ao flexibilizar o teto de remanejamento concedido ao prefeito Rafael Diniz (Cidadania) em 20%. Ele foi o entrevistado desta terça-feira (7) do Folha no Ar, da Folha FM, 98,3. Na tarde anterior, como a Folha noticiou (aqui), uma reunião da oposição com o presidente da Câmara, Fred Machado (Cidadania), viabilizou a tramitação a partir desta terça e a provável aprovação na semana seguinte da Lei Orçamentária Anual (LOA), rejeitada pelo Legislativo na semana passada.
Álvaro disse que votará na peça orçamentária para não travar o município, mas fez muitas críticas ao próprio projeto e pontuou o que considera baixos índices de investimentos em diversas áreas, sobretudo área da Saúde. Aliás, a pasta foi uma das mais criticadas pelo vereador, lembrando os problemas nas principais unidades, o Hospital Geral de Guarus (HGG) e o Ferreira Machado (HFM), bem como os problemas relacionados à rede contratualizada e, segundo ele, na distribuição de medicamentos. Ele também fez críticas ao atraso nos pagamentos de RPAs e DAS, além de falar sobre a questão do 13º salário e a dúvida com relação ao pagamento, nesta quarta-feira (8), da folha salarial de dezembro.
Ex-presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), Álvaro também comentou sobre a mudança no sistema de transporte público do município. Ele observou que o projeto do atual presidente do IMTT, Felipe Quintanilha, foi visto com bons olhos, mas na prática não funcionou muito bem. Álvaro acredita, ainda, que a própria peça orçamentária que será votada pela Câmara não prevê recursos financeiros para construção dos terminais, um dos importantes pontos do sistema tronco-alimentador.
O vereador também falou sobre polêmicas envolvendo o grupo político no qual foi eleito e questões relacionadas à sua família. Sobre a operação Chequinho, Álvaro falou que a vida é feita de escolhas e que cada um tem de responder pelos seus atos. “Sou irmão de Dr. Chicão, que foi vice-prefeito, e sou servidor Tribunal de Justiça. Ninguém foi mais investigado pela Polícia Federal do que eu. Meus colegas falam que não entendiam como eu não entrei nisso. Agora, todos entendem: não é meu perfil, não entro no que acho que não é certo. Cada um responde pelos seus atos. Então, deixa que eles (investigados e condenados na Chequinho) respondam pelos seus atos”, afirmou.
Álvaro também comentou sobre as prisões da irmã dele, a ex-deputada federal Alcione Athayde, e da sobrinha Myra Athayde, namorada do doleiro Dario Messer. Elas foram presas em novembro, a operação Patrón, desdobramento da Lava Jato. “A vida é feita de escolha e consequências. Elas são culpadas ou inocentes? Não sei. Não consegui ver minha irmã e quero ir vê-la. Tem que fazer carteirinha, sei lá o quê, mas eu vou lá vê-la, é minha irmã. Não sei realmente o que aconteceu, a gente não morava no Rio. Quero crer que não foi nada errado, mas vamos esperar que venha o julgado”, disse.
Confira a entrevista completa:

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