Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher com ação na praça
Verônica Nascimento 10/10/2018 13:52 - Atualizado em 11/10/2018 14:13
Esta quarta-feira (10) é o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher e, para marcar a data, a superintendência de Justiça e Assistência Judiciária de Campos realizou uma panfletagem na Praça do Santíssimo Salvador. O objetivo, conforme a superintendente Mariana Lontra Costa, foi alertar a população e promover a reflexão sobre o fato de a mulher ainda ser alvo constante de violência, que não é só física, mas também psicológica, sexual, patrimonial e moral.
Equipes orientaram sobre o assunto
Equipes orientaram sobre o assunto / Antônio Leudo
Mariana destaca a importância da data, informando que os números da violência contra a mulher ainda não correspondem à realidade.
— Em caso de violência doméstica, violência contra mulher, temos duas situações: uma em que a vítima é diretamente levada À Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para registrar a agressão, qualquer que seja o tipo; e a outra situação em que as vítimas não tiveram coragem para denunciar, na maioria das vezes buscando assistência judiciária para uma separação, um divórcio, pensão alimentícia para os filhos, por ainda dependerem economicamente do agressor — explicou a superintendente de Justiça.
Equipes da superintendência e dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) orientavam sobre o assunto e encaminhamento de vítimas para atendimento. Além da Deam e da secretaria de Justiça e Assistência Judiciária, a mulher vítima de violência pode buscar atendimento no Conselho da Mulher (avenida Alberto Torres, 371, 11º andar – Centro), nos Creas, na secretaria de Desenvolvimento Humano e Social (Travessa Santo Elias, 46 -Jardim Carioca) e no programa Saúde da Mulher ( rua Voluntários da Pátria, 875 – Centro).
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Muitos elogiaram a ação. “Importante e corretíssima. Em mulher não se bate nem com uma flor e o homem que agride uma mulher, seja qual for a forma de agressão, deve ser preso”, disse Nelcimar Soares, morador do Jardim Carioca.
Dona Terezinha Carvalho Pessanha, de 74 anos, disse que a violência contra a mulher é tão absurda, que o combate a esse tipo de conduta nem é mais um direito: “é uma obrigação, dever de todos nós lutarmos contra isso”, frisou a moradora do Parque Vicente Dias.
O material informativo distribuído na praça chamava atenção para a gravidade do tema, como os fatos de uma em cada três mulheres terem sofrido algum tipo de violência em 2016; a cada hora, 503 brasileiras darem queixa de violência física; e o Brasil ser o 5º, entre 83 países, no ranking de feminicídios.
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A data escolhida para o Dia Nacional de Luta contra a Violência foi 10 de outubro porque esse dia, em 1980, foi marcado com um movimento que começou em São Paulo, quando mulheres reuniram-se nas escadarias do Teatro Municipal para protestar contra o aumento dos crimes de gênero em todo o país. A partir daí, a data faz parte do calendário das celebrações femininas no Brasil e a coragem das manifestantes levou ao sancionamento, em 2006, da Lei Maria da Penha, que criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. A legislação é conhecida por 98% da população brasileira e, por causa dela, foi estruturada a rede de atendimento especializada para as mulheres vítimas de violência.
— Em Campos, essa rede também conta com a Casa Benta Pereira, para mulheres que não tem para onde ir, mesmo com os filhos, permanecerem até obter uma medida protetiva, que a tire da situação de risco — concluiu Mariana Lontra Costa.

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