Servidora pública critica Bolsonaro e é espancada em Pernambuco
11/10/2018 13:39 - Atualizado em 15/10/2018 18:19
Divulgação
Mais um caso de violência por divergências políticas veio a público nesta quinta-feira (11). No último domingo (7), a servidora pública Paula Pinheiro Ramos Pessoa Guerra, 37, foi espancada num bar no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife, após criticar ideias do candidato Jair Bolsonaro (PSL). Ela foi agredida por uma mulher que estava numa mesa de apoiadores do capitão reformado do Exército.
Paula contou que, enquanto era esmurrada, outros três homens imobilizaram os garçons do local e uma pessoa que a acompanhava. Ela fraturou o rádio e foi submetida a uma cirurgia. Paula está com hematomas no rosto e escoriações em todo o corpo.
A servidora pública da Fundação Joaquim Nabuco conta que estava com adesivos do candidato Ciro Gomes (PDT) e da candidata ao governo de Pernambuco Dani Portela (Psol) colados na camisa. Também havia bottons com as inscrições “ele não” e “lute como uma garota”.
Paula relatou que havia uma mesa com quatro pessoas. Após iniciar a conversa sobre as ideias de Bolsonaro, dois homens passaram a falar de mulheres num tom bastante agressivo. “Foi tão agressivo que eu filmei com o meu celular. Depois, fui para a minha mesa. Uma mulher que estava com eles se dirigiu a mim, mandou eu levantar e já me deu um murro no rosto. Caí no chão e comecei a ser espancada. Só a mulher me agrediu. Entrei em pânico”, diz.
Neste momento, de acordo com Paula, outros três homens que acompanhavam a agressora imobilizaram os garçons. “A pessoa que estava comigo também foi imobilizada. A mulher, após várias agressões, estourou o meu celular no chão. Eu não lembro direito de tudo o que ocorreu porque fui muito agredida”, conta.
Paula e a pessoa que a acompanhava tiveram que se trancar na cozinha do bar. Pouco tempo depois, o grupo foi embora.
Mestre da capoeira assassinado a facadas - Na madrugada de segunda-feira (8), o mestre de capoeira de Salvador, identificado como Moa do Katende, foi morto ao ser esfaqueado doze vezes dentro de um bar, no bairro Engenho Velho de Brotas. O homicídio aconteceu após uma briga por divergências políticas, de acordo com o governo da Bahia.
A assessoria de imprensa da secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, o autor do crime teria começado a discussão. Ele teria manifestado, aos gritos, seu apoio em Jair Bolsonaro (PSL) e se irritado com o comentário do mestre de capoeira, que disse ter votado em Fernando Haddad (PT). O esfaqueamento aconteceu, ainda de acordo com a assessoria, após a vítima afirmar que as pessoas presentes preferiam o Partido dos Trabalhadores.
Após a análise da perícia, foram encontradas 12 marcas de facadas nas costas de Moa do Katende. Um amigo da vítima teria tentado defendê-la, mas também foi ferido. O mestre de capoeira e o agressor não se conheciam antes do fato.
Fonte: Uol

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