Alimentos ficam mais caros no mês de julho
05/07/2018 20:19 - Atualizado em 09/07/2018 13:43
Supermercado
Supermercado / Antônio Leudo
Os preços dos alimentos que compõem a cesta básica subiram no mês de junho em 15 das 20 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em Campos, a Superintendência do Procon divulgou, no início do mês, uma alta de 6% no preço da cesta básica, quando comparado à pesquisa realizada no final de abril. De acordo com o Procon, a paralisação dos caminhoneiros, que provocou desabastecimento de produtos e combustível, puxou essa alta na primeira semana de junho.
De acordo com o Dieese as altas mais expressivas foram em Cuiabá (7,54%), Recife (5,82%), Curitiba (3,84%), Belém (3,83%) e Porto Alegre (3,45%). As reduções foram observadas em Campo Grande (4,51%), Florianópolis (3,70%), Belo Horizonte (0,32%), Goiânia (0,23%) e Rio de Janeiro (0,10%).
Sofreram aumento de preços, o leite integral, a carne bovina de primeira, o feijão, a farinha de trigo, o óleo de soja e o açúcar. O leite integral subiu em todas as capitais, com variação entre 2,34%, em Belém, e 18,01%, em Curitiba. Em Campos, esses e outros produtos também sofreram aumento com destaque para o leite que foi de (6%); carne/alcatra (8%); batata inglesa (36%); tomate (3%) e banana prata (19%).
O Procon aponta que, com a alta apresentada no último mês, o poder de compra do trabalhador campista assalariado em relação a alimentos básicos, teve piora. O custo da cesta básica sobre o salário mínimo líquido passou de 39% em abril para 42% no início de junho. Em termos de horas de trabalho, para aquisição da cesta, foram necessárias 84 horas e 10 minutos de um total de 220 horas mensais.
Reflexos da paralisação — A paralisação dos caminhoneiros, entre 21 e 31 de maio, afetou todos os setores da economia. O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, sinalizou que a greve pressionou a inflação, mas com impacto pontual. Para o Copom, os indicadores referentes a maio e, possivelmente, junho deverão refletir esses efeitos. Mas a evolução da economia em julho e agosto deve indicar com mais clareza o ritmo da recuperação, com expectativa de redução. (J.R) (A.N.)

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