Após Uenf, rede Faetec também adere à greve
Paula Vigneron e Ana Laura Ribeiro 07/08/2017 14:39 - Atualizado em 07/08/2017 17:46
Faetec
Faetec / Arquivo - Folha da Manhã
Com problemas de repasse da verba do governo estadual e atraso dos salários, cerca de 600 servidores da rede Faetec optaram por aderir à greve em uma assembleia geral, na manhã desta segunda-feira (7). Para cumprir o prazo legal, os funcionários farão uma paralisação nesta terça (8) e quarta-feira (9) e iniciarão a greve, por tempo indeterminado, na quinta (10). O retorno acontecerá somente quando os pagamentos forem regularizados.
Professora da Escola Técnica Estadual Agrícola Antônio Sarlo, Vitória Freitas Carogio informou que a assembleia geral ocorreu no pátio da unidade de Quintino, no Rio de Janeiro, às 9h. Pais de alunos também compareceram ao local para apoiar os servidores. Simultaneamente, foi promovida outra reunião, no Agrícola, para aprovar a adesão à decisão do movimento na capital.
— Estamos sem receber o 13º salário e os pagamentos de maio, junho e julho. Além disso, mandaram os terceirizados embora porque a firma não estava recebendo do Governo do Estado e romperam o contrato. Os terceirizados são responsáveis pela parte de vigilância e limpeza das escolas. A alimentação também não está chegando. Tem um monte de problemas — detalhou a docente.
Outras unidades que compõem a rede Faetec também fizeram reuniões para discutir a greve. Os servidores do Instituto Superior de Ensino Professor Aldo Muylaert (Isepam) se reuniram nesta manhã e optaram, também, pela adesão. Haverá outro encontro à tarde. E, no João Barcelos Martins, está marcada uma reunião para esta tarde.
— Eu acredito que vá passar em todas as unidades. Não tem mais condições de funcionamento — lamentou a professora.
Em nota, a secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social informou que “não foi notificada sobre a greve dos professores da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec). O secretário Gustavo Tutuca, que assumiu o cargo na última quinta-feira, destaca que houve um esforço grande para reabrir, hoje, as unidades de educação básica e ensino superior. Tutuca tem feito reuniões com o corpo técnico da pasta e com a secretaria da Fazenda para encontrar soluções para pagar salários e custeio da Fundação”.

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