Amigos, familiares e colegas de corporação se despediram, na tarde desta quarta-feira (29), dos dois policiais civis mortos durante a megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio. O comissário Marcus Vinicius Cardoso, conhecido como Máskara, foi sepultado no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador. Já o policial civil Rodrigo Cabral foi velado no Memorial do Rio, em Cordovil, por volta das 15h30.
Máskara tinha 51 anos e havia sido promovido ao cargo de comissário da 53ª DP (Mesquita) na última segunda-feira (27). Ele ingressou na Polícia Civil em 1999. Durante a cerimônia, colegas de farda destacaram sua trajetória e o companheirismo dentro da corporação.
“Muito amigo, vai fazer muita falta. A gente sai de casa, ora, pede a Deus para conseguir voltar. Infelizmente, é o risco da missão”, disse um dos amigos presentes ao enterro.
Rodrigo Cabral estava há menos de dois meses na corporação e era lotado na 39ª DP (Pavuna), unidade que atua em uma das regiões mais violentas do Rio, entre os complexos do Chapadão e da Pedreira. O policial deixa uma filha de 10 anos, que acompanhou a cerimônia.
O velório contou com a presença de policiais civis, rodoviários federais e militares, entre eles o secretário de Polícia Militar, Rodrigo de Menezes.
“É um momento de consternação, de amparo às famílias. Fiz questão de estar presente. São verdadeiros heróis”, afirmou o secretário.
Além dos dois policiais civis, outros dois agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) — Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca — também morreram durante a ação. Eles serão sepultados nesta quinta-feira (30).
De acordo com a Polícia Civil, Máskara e Cabral foram atingidos durante a chegada das equipes ao Complexo do Alemão. Ao todo, 121 pessoas morreram na operação. Segundo o governo do estado, além dos quatro policiais, os demais mortos eram criminosos.