Adolescentes de 12 a 17 anos com comorbidade devem ter prioridade na vacinação
23/08/2021 19:09 - Atualizado em 23/08/2021 19:27
A Secretaria de Estado de saúde (SES) publicou, nesta segunda-feira (23), uma deliberação conjunta com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/RJ) que inclui adolescentes de 12 a 17 anos com deficiência permanente, com comorbidade, gestantes e puérperas, ou sob medidas socioeducativas no grupo prioritário do Calendário Único de Vacinação do Estado do Rio de Janeiro para Covid-19. Embora o perfil da curva de óbito das crianças e adolescentes tenha seguido o padrão da população geral, com pico em abril, a faixa etária dos adolescentes manteve um maior número de óbitos em junho (7 óbitos) e julho (6), quando comparado com janeiro (2) e fevereiro (1) deste ano.
A medida deve considerar a disponibilidade de vacinas da Pfizer, fornecidas pelo Ministério da Saúde, as únicas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para essa faixa etária até o momento.
De acordo com a deliberação, os municípios deverão atingir um mínimo de 90% da população acima de 18 anos com a primeira dose das vacinas disponíveis contra a Covid-19, empenhando esforços para realizar busca ativa (repescagem) de não vacinados nos grupos que já deveriam estar imunizados, para avançar na faixa etária de adolescentes. Cumprida essa etapa, a vacinação deve então incluir a população em geral de 12 a 17 anos.
Estudo da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde avaliou dados epidemiológicos deste ano e verificou que a maior parte das internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em crianças e adolescentes é causada por outros agentes etiológicos que não o Sars-Cov-2. No entanto, entre os óbitos na faixa etária acima de 5 anos, a principal causa é a Covid-19. Foram cinco óbitos em crianças de 5 a 9 anos e 45 de adolescentes entre 10 e 19 anos.
A faixa etária de 10 a 19 anos evoluiu para óbito com maior frequência, sendo esse o grupo que mais apresenta comorbidade, sendo a obesidade e as doenças neurológicas as mais frequentes.

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