A IFC (International Finance Corporation), membro do Grupo Banco Mundial, escolheu o programa da GNA - Gás Natural Açu, empresa que está construindo o maior parque termelétrico a gás natural da América Latina, na região Norte do estado do Rio de Janeiro, como case de referência de combate à violência de gênero. A IFC é uma dos financiadoras da primeira termelétrica de 1,3 GW da GNA, que iniciará operação comercial no primeiro semestre do ano que vem.
De acordo com a instituição, três elementos-chave adotados pela GNA foram essenciais para o reconhecimento: a criação de um Código de Conduta, que não tolera qualquer tipo de ato de violência, ameaça, discriminação de gênero ou assédio, seja no ambiente de trabalho ou fora dele; um robusto mecanismo de reclamações anônimo e seguro para os trabalhadores; e a estruturação de um sistema de gestão contra violência e assédio, em parceria com empresas contratadas, por meio de ações de conscientização, treinamento e de suporte irrestrito para os casos relatados.
“A busca pela diversidade e inclusão em todas as frentes de trabalho é um dos princípios da GNA. Acreditamos que o estímulo a um ambiente diverso e de respeito gera oportunidades, desenvolvimento e a troca de experiências, proporcionando melhores resultados para todos”, afirma Bernardo Perseke, Diretor-Presidente da GNA.
O programa desenvolvido pela GNA está em linha com as diretrizes da ONU Mulheres, que busca unir, fortalecer e ampliar os esforços globais em defesa dos direitos humanos das mulheres, além de fortalecer a liderança e o empoderamento econômico femininos.
Hoje, com 45% do quadro direto de colaboradores formado por mulheres, a GNA tem trabalhado para aumentar a diversidade na indústria, onde representatividade de mulheres é muito baixa. “Nós olhamos a diversidade como um tema prioritário dentro da companhia e conseguimos engajar nossas parceiras nesse movimento. Apoiamos a inclusão em todas as esferas e temos muito orgulho do time que formamos”, comemora Angela Serpa, Head de Recursos Humanos da GNA.
Entre as inúmeras ações desenvolvidas está o Programa de Qualificação Profissional, lançado no final de 2018. Das 520 vagas oferecidas em cursos nas áreas de Construção Civil, Eletricidade, Mecânica, Logística e Solda, mais de 20% das inscrições foram femininas. A partir desse percentual, a empresa percebeu o grande interesse das mulheres da região no setor e criou uma turma exclusiva de soldadoras, além de oferecer tutoria para estimular ainda mais o interesse e a permanência das alunas nos cursos, promovendo oficinas de empregabilidade, produção de currículos e como se portar em entrevistas. A palestra da ex-secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia (MME), Renata Isfer, que foi a madrinha da turma de soldadoras, inspirou o público presente ao contar sua história de inserção em um mercado predominantemente masculino.
“As ações contribuíram para o fortalecimento do papel da mulher na sociedade local e impactaram diretamente a comunidade com o assunto. Esse empoderamento vai além da independência financeira e da inserção no mercado de trabalho. Ele traz mais conscientização para que não fiquem sujeitas ao ambiente patriarcal, que em muitos casos são vulneráveis e com violência doméstica”, destaca Serpa.
Como resultado de todos os esforços, mais de 300 mulheres foram contratadas para trabalhar nas obras da GNA. Os depoimentos das colaboradoras sobre a importância do programa e a superação de desafios viraram uma série especial de cinco episódios chamada “Mulheres na Industria”. “Estamos certos de que o processo de inclusão é tão importante quanto a contratação”, complementa Angela.
As ações da GNA para promover a diversidade e inclusão da mulher na indústria são constantes. No mês de comemoração do Dia da Mulher, a empresa reuniu os colaboradores para uma Roda de Conversa sobre o tema. No encontro, as colaboradoras convidaram um colega de trabalho do gênero oposto para participar do bate-papo, promovendo um rico debate sobre temas como igualdade de gênero e presença feminina no mercado de trabalho. Ao final do encontro, os participantes assinaram o compromisso com o movimento #HeForShe, criado pela ONU Mulheres, contra a desigualdade de gênero.
A empresa também produziu durante a campanha Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, vários cards, com tom de alertas, que ilustravam os tipos de situações que colocam a mulher em estado vulnerável. As peças foram enviadas para as comunidades no entorno da obra da GNA, assim como para os colaboradores próprios e de suas contratadas.
Além das ações para a promoção de equidade de gênero, outros pilares estão sendo trabalhados na GNA. Em junho, foi realizada uma campanha de Orgulho LGBTQI+ e em novembro a campanha sobre a Consciência Negra, que aborda temas relacionados ao racismo em nossa sociedade.