Em meio à diversas polêmicas como atrasos e suspeita de superfaturamento, o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) estuda a possibilidade de contratação de médicos estrangeiros para atuarem nos hospitais de campanha no estado do Rio de Janeiro, entre eles, o de Campos.

Os representantes da organização social pediram uma reunião com o subsecretário de Saúde do Rio de Janeiro, Iran Aguiar, para tratar sobre a possibilidade das contratações de estrangeiros por meio do programa Mais Médicos. Uma experiência parecida aconteceu no Pará, em abril, que contratou 86 profissionais cubanos para atuar na linha de frente contra o coronavírus.

Além da dificuldade para compra de materiais, a falta de profissionais da saúde tem sido outro problema encontrado no país inteiro para abertura e manutenção dos leitos de UTI. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (Idor) e Zoox Smart Data, divulgado na última quinta-feira (21), pelo menos 11% dos profissionais testados na capital e Região Metropolitana foram infectados pela Covid-19.

Apesar do novo secretário estadual de Saúde, Fernando Ferry, ontem ter declarado na última sexta (22) que parte dos hospitais de campanha poderiam não sair, o governador Wilson Witzel (PSC) prometeu (aqui), no sábado (23), que a unidade de Campos será entregue para ajudar a combater a pandemia da Covid-19. A garantia foi dada em contato telefônico com o prefeito Rafael Diniz (Cidadania).

Também no sábado, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) constatou que houve superfaturamento na compra de mil respiradores por R$ 123 milhões — três vezes o valor de mercado — feita pelo Governo do Estado. O ex-subsecretário de Saúde Gabriell Neves foi preso em uma operação do Ministério Público contra as fraudes na compra dos equipamentos.