Indústria de petróleo e gás lidera exportações do RJ
05/11/2019 21:12 - Atualizado em 11/11/2019 15:29
Agência Petrobras/Divulgação
A indústria do petróleo e gás natural lidera a relação dos principais bens exportados pelo estado do Rio de Janeiro em 2018, com US$ 18 bilhões (ou 63% do total das exportações do estado), alta de 136% em relação a 2016. Parte das exportações é extraída da Bacia de Campos que produz grande parte destas fontes de energia.
A informação consta da quinta edição do Diagnóstico do Comércio Exterior do Estado do Rio de Janeiro, divulgada nesta terça-feira (5), pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), revela que embora alguns entraves enfrentados pela exportação brasileira tenham sido superados com a implantação do Portal Único do Comércio Exterior, persistem dificuldades a serem combatidas para melhorar a competitividade das empresas fluminenses e nacionais no mercado externo.
O coordenador da Firjan Internacional, Giorgio Rossi, disse à Agência Brasil que o documento é um importante instrumento de apoio para a formação de políticas públicas que visem elevar a competitividade das empresas do estado.
O diagnóstico mostra que, em razão do Portal Único, pela primeira vez a burocracia tributária superou a burocracia aduaneira como principal entrave ao comércio exterior, pelo lado dos exportadores. Seguem-se como entraves às exportações os custos tributários e a demora no ressarcimento de créditos tributários.
Segundo o economista Alcimar Chagas Ribeiro destaca em seu blog, gradativamente a produção industrial vai se recuperando no Rio de Janeiro, puxada pelo indústria extrativa do petróleo e gás. De acordo com o pesquisador, a melhor saúde financeira da Petrobras e os sinais de prosperidade do pré-sal, atraindo investidores internacionais são fatores de otimismo para os próximos anos. No inicio do ano (janeiro e fevereiro) os resultados foram negativos, mostrando uma boa recuperação no trimestre seguinte e um consolidado crescimento em julho e agosto dest
Pesquisa - A quinta edição do levantamento bienal foi elaborada com base nas respostas de 244 empresas fluminenses exportadoras e importadoras e também a partir das bases de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do governo federal. A amostra envolveu empresas dos setores de indústria, comércio e serviços. Sobre serviços, em especial, o estado do Rio de Janeiro se mantém no segundo lugar como exportador e na primeira colocação na importação. “Fica claro que o estado do Rio tem uma posição predominante na questão do comércio de serviços”, disse Rossi.
De acordo com a pesquisa, o estado do Rio registrou, em 2018, superávit na balança comercial de US$ 6 bilhões, com participação de 13% no saldo comercial do Brasil. Dessa forma, o estado subiu da quinta posição nas exportações nacionais, em 2004, quando foi iniciada a série histórica do estudo sobre comércio exterior fluminense, para a segunda colocação, no ano passado, superado apenas por São Paulo.
Depois da indústria do petróleo e gás natural, vem o setor de metalurgia, com US$ 3,3 bilhões (11%), seguida de equipamentos de transporte, exceto veículos automotores, com US$ 2,3 bilhões (8%).
Pelo lado da importação, os destaques em 2018 foram para equipamentos de transporte, exceto veículos automotores, com US$ 10,2 bilhões (43%), petróleo e gás natural (US$ 2,2 bilhões e 9% do total) e produtos químicos, com US$ 2 bilhões (8%).

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