Justiça impede ato de Garotinho
09/07/2018 22:54 - Atualizado em 11/07/2018 13:27
O juiz da 129ª Zona Eleitoral de Campos, Ralph Manhães, responsável pela fiscalização durante o período eleitoral, suspendeu uma reunião do ex-governador e pré-candidato ao Governo do Estado, Anthony Garotinho (PRP), prevista para a noite dessa segunda-feira (09), no Clube de Regatas Rio Branco. A suspensão ocorreu por suspeita de propaganda antecipada. Os militantes foram para frente da casa dos ex-governadores, na Lapa, onde Rosinha e Garotinho falaram, mais uma vez, em perseguição.
Os fiscais da Justiça Eleitoral estiveram no Rio Branco, antes de começar o evento, notificando sobre a decisão do juiz. Militantes que apoiam o grupo político do ex-governador foram caminhando até a Lapa, na residência do político. Os fiscais do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) também ficaram por lá, acompanhando a movimentação.
Em sua página no Facebook, Garotinho falou que tinha cerca de 600 pessoas no clube. Ele voltou a falar em “perseguição” por parte do juiz que exarou a decisão que suspendeu a reunião:
— Eu estava vindo de Itaperuna, onde realizamos um encontro com a presença de prefeitos, lideranças comunitárias, empresários, para Campos, para fazer a reunião no Clube de Regatas Rio Branco. Quando eu já estava próximo do local, fui comunicado da presença de oito fiscais do TRE e um oficial de Justiça com uma decisão do juiz, mais uma vez, sempre ele, Ralph Manhães, proibindo a realização da reunião. Isso é o maior absurdo do mundo. Qual foi o argumento que ele usou? É que a reunião não poderia ser realizada porque eu poderia fazer propaganda política. Se eu fizesse propaganda política, ele que me aplicasse multa, fizesse o que quisesse. Mas, me proibir de fazer a reunião, aí já é demais.
A ex-prefeita Rosinha (Patri) chegou a discursar rapidamente, alegando perseguição e falando de suas pretensões políticas, que incluem voltar a disputar a Prefeitura de Campos: “Eu não vim candidata a senadora porque eu não quis, eu não vim candidata a deputada federal nem estadual porque eu não quis. Eu poderia ser. Porque o que eu quero mesmo, no meu coração, é ser prefeita de novo pra botar ordem nessa cidade”, afirmou.
Rosinha foi prefeita de Campos entre 2009 e 2016. Ano passado, ela foi condenada a oito anos de inelegibilidade no “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por votos. O processo, que pode inviabilizar os planos de uma futura candidatura almejada por Rosinha, está prestes a ser julgado em segunda instância. (S.M.) (A.N.A.)
Fotos: Rodrigo Silveira

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