Virgílio fora da Câmara de novo
Arnaldo Neto 01/03/2018 21:44 - Atualizado em 02/03/2018 14:17
Thiago Virgílio
Thiago Virgílio / Antonio Leudo
A Câmara Municipal de Campos recebeu nessa quinta-feira a notificação do Tribunal Regional Eleitoral sobre o afastamento do vereador Thiago Virgílio (PTC), condenado em segunda instância por participação no “escandaloso esquema” de troca de votos por Cheque Cidadão na última eleição municipal. Ele será o quinto parlamentar a perder o cargo por conta das Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) originadas das investigações da operação Chequinho. O vereador, que ainda foi condenado em Ação Penal, poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas fora do cargo. Em 2016, durante as investigações da Chequinho, Thiago chegou a ser preso e teve determinado seu primeiro afastamento do parlamento municipal.
No lugar do “Pitbull Rosa” — apelido que Thiago ganhou na legislatura passada, quando defendia o governo Rosinha — entra Carlos Alberto Canaã (PTC). O suplente, porém, também teve a condenação confirmada pelo TRE na Chequinho e não deverá ficar por muito tempo na cadeira.
De acordo com os trâmites adotados em outros casos de afastamento, a Procuradoria da Câmara de Campos elabora um processo administrativo para notificar o vereador. Depois, Virgílio terá prazo de três dias para manifestação. Após o prazo, é chamado o suplente.
Eleito com mais de três mil votos, Thiago Virgílio só tomou posse em junho do ano passado, após decisão do próprio TRE. Ele fazia parte do grupo que foi impedido de ser diplomado em dezembro de 2016, por decisão do juiz Ralph Manhães em ações penais da Chequinho. Pouco depois do pleito municipal, Thiago chegou a ser preso nas investigações do “escandaloso esquema” e foi afastado, por decisão de Ralph, do Legislativo pela primeira vez.
Lista de saída — Além da decisão relacionada a Thiago Virgílio, a Câmara recebeu na última quarta-feira a decisão quanto ao afastamento do vereador Miguelito (PSL). Jorge Rangel (PTB) também teve de deixar o Legislativo. Já no ano passado, saíram da Casa os parlamentares Jorge Magal (PSD) e Vinícius Madureira (PRP). Eles recorrem no TSE.

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