Presença na Liga Ouro em risco
Matheus Berriel 22/09/2017 18:38 - Atualizado em 26/09/2017 15:02
Após quatro anos de inatividade, o Automóvel Clube Fluminense voltou ao cenário das competições profissionais de basquete. E o retorno foi muito positivo, com o título invicto do Torneio Carioca, conquistado no último sábado (16), na segunda vitória das finais sobre o Club Municipal, no Rio de Janeiro. O feito valeu uma vaga na Liga Ouro, competição de acesso para o Novo Basquete Brasil (NBB). Porém, a participação ainda é incerta, pois, para isso, o investimento precisará ser aumentado consideravelmente.
Técnico Carlos Eduardo busca apoio financeiro
Técnico Carlos Eduardo busca apoio financeiro / Antônio Leudo
Durante o Cariocão, o clube campista contou com um grupo formado, em sua maioria, por jogadores locais. “A dificuldade para montar uma equipe depois de um hiato de quatro anos foi muito grande. A gente procurou dar ênfase nos atletas formados em Campos. Trouxemos poucos de fora para completar o elenco. Nosso objetivo inicial era de fazer um bom Cariocão e preparar o time para o Campeonato Estadual, que acabou não acontecendo. Mas, em toda competição, o objetivo principal sempre vai ser de entrar para ser campeão. Fomos trabalhando no dia a dia e a equipe ganhando volume, até chegar ao título. Nos dois jogos em casa, ainda tivemos o importante apoio da nossa torcida”, disse o técnico Carlos Eduardo Peixoto, o Cacá.
Um dos jogadores que chegou para integrar o time do Cariocão foi o ala Luiz Otávio “Chupeta“, campeão mundial pelo Flamengo e que também teve passagem pela Liga Sorocabana. O pivô campista Maique de Oliveira também se destacou. Este, porém, acabou ficando de fora dos playoffs, pois foi contratado pelo Vitória.
— O Chupeta veio para somar. Foi multicampeão pelo Flamengo, teve uma formação muito boa no Rio de Janeiro. Mas veio para agregar. O conjunto foi muito vitorioso. Todos os atletas vestiram a camisa. O Maique, por exemplo, foi formado nas categorias de base. Perdê-lo nos playoffs foi muito ruim, mas a gente sabia que isso podia acontecer. Nosso investimento não é alto, e o Maique tem condições de estar em um clube maior, de maior investimento, como agora está. Foi uma perda grande, mas o Casé veio para poder compor, nos ajudou na reta final, e o time manteve a pegada até ser campeão — afirmou o treinador.
De acordo com Cacá, para poder participar da Liga Ouro, o Automóvel Clube Fluminense precisa de uma verba de, no mínimo, R$ 500 mil. Nos próximos dias, a comissão técnica estará reunida com o presidente da Fundação Municipal de Esportes (FME) de Campos, Raphael Thuin, e outros parceiros, para tentar viabilizar a presença na competição nacional. Enquanto busca patrocinadores, o treinador já pensa na preparação.
— Temos dois convites para participar de torneios no Amapá e no Sul do país. Estamos estudando as propostas. Os torneios seriam entre o final de novembro e o início de dezembro. Se conseguirmos apoio para confirmar a participação na Liga Ouro, a ideia é remontar a equipe no final de outubro e participar dos torneios como preparação para a gente jogar a Liga Ouro, no final de janeiro — concluiu Cacá.

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