Cabral nega toma lá da cá com Eike
01/08/2017 13:16 - Atualizado em 03/08/2017 14:39
Ponto Final
Ponto Final / Ilustração
“Nunca fiz um toma lá dá cá”
“A quase totalidade de recursos que obtive com o caixa dois eu gastei na política, e não para enriquecer”. A afirmação é do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), que prestou depoimento, nessa segunda-feira (31), ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, sobre uma das 13 denúncias do Ministério Público Federal (MPF). Na denúncia em questão, os procuradores dizem que Cabral recebeu do empresário Eike Batista US$ 16,5 milhões em propina, além de R$ 1,5 milhão através do escritório de advocacia de sua esposa, Adriana Ancelmo. Cabral nega que tenha recebido propina. “Nunca fiz um toma lá dá cá com o senhor Eike Batista”.
Contrapartida?
A polêmica relação entre Cabral e Eike Batista tem reflexos aqui no interior, onde supostamente teriam sido dadas facilidades para que o empresário implantasse o Porto do Açu e fosse beneficiado pela política de desapropriações das terras, que até hoje causa impasse judicial. Segundo a denúncia investigada, uma das contrapartidas de Cabral a Eike era justamente o porto, com as desapropriações, que eram feitas em tempo de recorde, em cerca de 3 e 4 dias.
Eike se cala
O empresário Eike Batista, em prisão domiciliar desde abril deste ano, também prestou depoimento nessa segunda à 7ª Vara Federal Criminal do Rio, mas não respondeu às perguntas do juiz Marcelo Bretas sobre o pagamento de propina ao ex-governador Cabral. Por orientação de sua defesa e em negociação para fazer uma delação premiada, o empresário prestou depoimento por apenas 13 minutos.
Segurança
No último domingo (30), o presidente Michel Temer e o governador Luiz Fernando Pezão se reuniram para falar sobre a segurança pública no Estado do Rio de Janeiro. Evidentemente que a maior preocupação é com a capital e municípios adjacentes da região metropolitana. No entanto, vale destacar um apelo para o reforço na segurança dos municípios do interior, como Campos, Macaé e outros. Afinal, não é novidade que quando se combate o crime nos grandes centros, os bandidos que não são presos acabam migrando para o interior.
Operação
Durante a reunião, foi observado que a operação “O Rio quer Segurança e Paz” já resultou em redução da criminalidade, especialmente do roubo de cargas, e entrará agora em uma segunda fase, de combate direto às organizações criminosas, abrangendo o tráfico de drogas, armas e demais atos delituosos. O presidente Michel Temer reforçou também que as tropas federais poderão permanecer no Estado até o final de 2018.
Economia
Uma das apostas para que os municípios driblem o atual momento de crise financeira é fomentar a economia solidária. Para avançar ainda mais o entendimento em relação ao assunto, a Frente Parlamentar em Defesa da Economia Solidária da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) realiza uma audiência pública em Campos. O evento acontece no dia 7 de agosto, às 15h, na Câmara de Vereadores. A economia solidária representa a possibilidade de construir relações econômicas de outro tipo, como o cooperativismo, a emancipação, a prática do preço justo e a sustentabilidade.
Atenção
A partir desta terça-feira (1º), os ambulantes podem montar suas barracas para atuarem na 365ª Festa do Santíssimo Salvador, padroeiro de Campos. Por conta disso, os motoristas devem ficar mais atentos devido à interdição do trecho de algumas ruas das imediações da Praça São Salvador. Ontem, a rua Paul Percy Harris, que passa em frente ao Museu, já se encontrava fechada.
Tradição
Além dos shows no palco principal, que começam na sexta-feira (4), e das atrações religiosas no canteiro da Catedral, que tiveram início no último final de semana, este ano a Festa do Santíssimo Salvador pretende resgatar a tradição da Folia de Reis vai dominar a programação da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) para o Museu Histórico de Campos. A proposta é realizar atividades que promovam a reflexão sobre a manifestação cultural que por séculos marcou o município, mas que nas últimas décadas quase desapareceu.

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