Professora da Sagrado Coração morre em acidente na Campos Farol
Paula Vigneron e Julia Beraldi 14/08/2017 11:34 - Atualizado em 14/08/2017 17:25
  • Amigos lamentam a morte nas redes

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  • Cláudia chegou a ser socorrida, mas não resistiu

    Cláudia chegou a ser socorrida, mas não resistiu

  • Acidente na RJ 216

    Acidente na RJ 216

“Pelo que a gente pode ver, até pelas mensagens no Facebook, foi uma pessoa muito querida e dedicada à profissão dela. Sempre foi muito ligada aos alunos, aos funcionários. A profissão era o amor dela.” O posicionamento de Aline Ricardo de Oliveira Salomão reflete a impressão não só da família, mas das pessoas que acompanharam a trajetória profissional da tia e diretora da Escola Municipal Sagrada Família, Cláudia Márcia Salomão Cordeiro, 59 anos. A pedagoga morreu na tarde desse domingo (13), vítima de acidente na RJ 216 (Campos-Farol). O velório e sepultamento aconteceram no cemitério Campo da Paz.
O acidente aconteceu por volta das 11h, no km 34 da rodovia, próximo ao Heliporto de Farol. O marido da professora, de 67 anos, que dirigia o Chevrolet Cobalt, ficou gravemente ferido e foi levado para o Hospital Ferreira Machado (HFM), em Campos, onde permanece internado. Segundo familiares, o estado de saúde requer cuidados, mas ele está fora de perigo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o veículo bateu em uma árvore. Cláudia chegou a ser levada para o posto de urgência de Farol, mas não resistiu aos ferimentos.
Para a sobrinha Aline, o relacionamento de Cláudia Márcia com os alunos e funcionários era maternal: “Ela era ‘mãezona’. Tinha essa coisa de querer ajudar os outros. Ela era muito ligada à família, à mãe dela, que era uma senhora acamada. Ajudava, vigiava. Com os filhos e marido também. Ela sempre foi a chefe da família. Está todo mundo em choque”, contou. A vítima tinha dois filhos adultos.
Formada em Pedagogia pela antiga Faculdade de Filosofia de Campos (Fafic), no ano de 1981, a campista Cláudia Márcia sempre trabalhou em sua cidade natal. À frente da direção da Sagrada Família, a pedagoga permaneceu por mais de 10 anos. Ela também atuava em escolas do Estado. A irmã da vítima, que preferiu não se identificar, contou que Cláudia estava em processo de aposentadoria. Uma das marcas, para a família, era sua alegria:
— Era dinâmica, muito dinâmica. Alegre e muito extrovertida. Fazia qualquer ambiente ficar descontraído. Ela tinha esse dom. E foi uma profissional exemplar. Nunca houve nada que pudesse dizer que ela não tenha tido uma boa atuação no cargo que ela ocupou. É uma perda muito grande para a gente.

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