Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro
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Foto: Senado
A defesa de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou neste sábado (27) que agentes da Polícia Federal estiveram na casa dele. Filipe Martins foi condenado a 21 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento realizado no dia 16 de dezembro. Além de Filipe, a PF ainda cumpre outros nove mandados de prisão domiciliar contra condenados neste sábado.
As prisões domiciliares foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, um dia após a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, no Paraguai, enquanto ele tentava fugir, com documentos falsos, para El Salvador.
Os demais alvos das ordens de prisões domiciliares são:
-Ângelo Denicoli (ES), major da reserva do Exército; -Bernardo Romão Corrêa Netto (DF), coronel do Exército; -Fabrício Moreira de Bastos (TO), coronel do Exército; -Giancarlo Rodrigues (BA), subtenente do Exército; -Guilherme Marques Almeida, tenente-coronel do Exército; -Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (RJ), tenente-coronel do Exército; -Marília Alencar (DF), ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça; -Ailton Gonçalves Moraes Barros (RJ), ex-major do Exército; -Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal.
Eles integram os núcleos 2, 3 e 4 da trama golpista, que foram condenados pela Primeira Turma do STF.
Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República, o núcleo 2, onde estava Filipe e Silvinei, foi responsável por gerenciar as principais iniciativas da organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado.
Entre as iniciativas citadas pela PGR, estão: •uso das forças policiais para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder; •coordenação de ações de monitoramento de autoridades públicas; •interlocução com as lideranças ligadas aos atos de 8 de janeiro de 2023 - quando foram invadidas e depredadas as sedes dos Três Poderes; •a elaboração da minuta do golpe, o documento que iria implementar as medidas de exceção no país.
Os condenados do núcleo 3 foram denunciados pela PGR por planejar as “ações mais severas e violentas” da organização criminosa golpista, como o plano para assassinar autoridades.
Já o núcleo 4, por sua vez, foi acusado e condenado por disseminar notícias falsas para criar uma instabilidade institucional e favorecer uma tentativa de golpe de Estado.