José Antonio Kast é eleito presidente do Chile
- Atualizado em 15/12/2025 08:15
José Antonio Kast
José Antonio Kast / Foto: EITAN ABRAMOVICH
José Antonio Kast, candidato de direita, foi eleito novo presidente do Chile, neste domingo (14). Ele conseguiu mais de 58% dos votos, de acordo com o Serviço Eleitoral (Servel) do país.
A candidata de esquerda, Jeanette Jara, reconheceu a derrota. "A democracia falou forte e claro. Acabo de fala com o presidente eleito José Antonio Kast para desejar-lhe êxito pelo bem do Chile", escreveu ela no X (antigo Twitter).

Kast já aparecia à frente de Jara em pesquisas desde o primeiro turno.

"É um dia incrível", afirmou o vencedor da eleição ao subir no palco na noite deste domingo. Após agradecer os eleitores e sua família, ele afirmou que precisava pedir "um pouco mais" de todos.
"Ajudem-me, todos, para que nestes quatro anos consigamos fazer o bem. Assim como temos mantidos nossa unidade, peço esse sacrifício adicional que me sigam acompanhando na Presidência da República."

"Quero lhes pedir algo muito especial. Quero pedir um momento de profundo respeito e silêncio. Um governo tem partidários e tem oposição. Isso é normal. É legítimo. Claramente, com Jeannette Jara, temos profundas diferenças", afirmou ele. Diante de vaias do público, pediu novamente respeito.

"Respeito e silêncio vão marcar nossa gestão de governo. Podemos ter diferenças, e duras, podemos acreditar em coisas muito diferentes para a nossa sociedade, porém se estimamos a violência, se estimamos os gritos exagerados, é muito difícil que saiamos à frente."

Kast disse que um de seus filhos lhe perguntou se o mundo seria melhor se todos fossem de direita. "Não necessariamente", disse o presidente eleito do Chile. "Os temas que afetam as pessoas não têm cor política. Há pessoas que se comportam bem na esquerda e na direita. Há pessoas que se comportam mal na esquerda e na direita". 
Desde 2010, a direita e a esquerda se alternam no poder no Chile a cada eleição.

Jara é ex-ministra do Trabalho do atual governo do presidente Gabriel Boric, que representa uma coalizão de centro-esquerda. Ela venceu o primeiro turno, mas a soma dos votos da direita superou 50%, impulsionada por propostas de segurança pública.

Embora o Chile esteja entre os países mais seguros da região, 63% da população apontam a criminalidade como principal preocupação, segundo o Ipsos. Os homicídios cresceram 140% em dez anos, e o país registrou 868 sequestros em 2024, uma alta de 76% em relação a 2021.
Com informações do G1

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