Defesa diz que exame confirmou hérnias em Bolsonaro e reforça pedido de cirurgia
- Atualizado em 15/12/2025 08:09
Ex-presidente Jair Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro / Agência Brasil
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste domingo (14), que a ultrassonografia feita hoje confirmou a existência de duas hérnias inguinais na barriga do político, e que vai reforçar o pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele passe por uma cirurgia em breve.
"A equipe médica acaba de deixar a Superintendência da Polícia Federal após realizar exames de ultrassonografia no Pr. Jair Bolsonaro. Os exames identificaram duas hérnias inguinais, e os médicos recomendaram que ele seja submetido a um procedimento cirúrgico, a única forma de tratamento definitivo para o quadro", publicou um dos advogados da defesa em uma rede social.
O exame foi solicitado pelos advogados de Bolsonaro na quinta-feira (11), e autorizado no sábado (13), pelo ministro Alexandre de Moraes.

O procedimento foi realizado nas dependências da da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde ele está preso, pela própria equipe médica do ex-presidente.

Bolsonaro está detido desde 25 de novembro cumprindo pena, após ser condenado pelo STF por liderar uma organização criminosa acusada de tramar uma tentativa de golpe de Estado.

Perícia pela própria PF
Ainda na quinta, Moraes também determinou que a Polícia Federal fizesse uma perícia médica para atestar a real necessidade de cirurgia de Bolsonaro. Na decisão, o ministro questionou o fato de os exames apresentados pelos advogados terem sido feitos há mais de três meses.
"Trata-se de procedimento não invasivo, rápido, que não exige sedação ou estrutura hospitalar, podendo ser plenamente realizado in loco, garantindo, assim, que as imagens e laudos correspondentes sejam disponibilizados imediatamente à Polícia Federal para subsidiar a perícia já determinada por Vossa Excelência", diz o pedido de ultrassom.

Na petição, os advogados afirmam que a ideia é justamente "suprir a atualidade dos exames [...] e facilitar a pronta conclusão da perícia oficial, sem qualquer impacto no fluxo decisório estabelecido".

A defesa indica o médico Bruno Luís Barbosa Cherulli para fazer o exame de ultrassom, e atribuiu ao pedido um "caráter de urgência".
Relatório médico
No pedido enviado na terça, os advogados incluíram um relatório médico informando a necessidade de tratamento cirúrgico para Bolsonaro.

"Nas últimas semanas tem se queixado de dores e desconforto na região inguinal, potencializados pelo aumento de pressão abdominal intermitente, causada pelas crises de soluços. Assim torna-se necessário o tratamento cirúrgico sob anestesia geral”, dizem os médicos.

Os advogados de Bolsonaro afirmam que o ex-presidente tem quadro de soluços que não cessam.

"O sintoma já levou o peticionante ao hospital por episódios de falta de ar e síncope, revelando risco real de descompensação súbita e hoje, conforme agora informando, exige intervenção cirúrgica", afirma a defesa.

A defesa disse que "houve novas intercorrências médicas que demandam a pronta atenção" do STF ao estado de saúde do ex-presidente.
Com informações do G1

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