Heliporto Farol de São Tomé faz simulado de incêndio em aeronave com múltiplas vítimas
O Heliporto Farol de São Tomé, administrado pela Infra Operações Aeroportuárias, em Campos, realizou nesta quarta-feira (10) o quinto simulado de emergência aeronáutica. A ação testou a capacidade de resposta das equipes em um cenário de falha grave a bordo, incêndio em motor e atendimento a sete feridos.
No treinamento, uma aeronave de pequeno porte, usada em operações offshore e corporativas, reproduziu a comunicação com a equipe de rádio, alertando sobre o princípio de fogo em um dos motores, poucos minutos antes do pouso. A partir do alerta, o Centro de Operações Aeroportuárias ativou o Plano de Emergência, mobilizando brigadistas, ambulâncias, viaturas operacionais e equipes externas.
Participaram do simulado integrantes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Estadual, profissionais da UBS do Farol e membros do Grupo de Resgate Voluntário (GRV), responsável pela triagem e atendimento das vítimas simuladas. Funcionários de empresas que operam no heliporto também integraram a atividade.
O protocolo envolveu o combate ao incêndio, a retirada dos ocupantes e o atendimento a múltiplas vítimas, em diferentes níveis de gravidade. Após o resgate, as equipes realizaram triagem, estabilização e encaminhamento dos casos de acordo cm a severidade. Os fiscais de pátio coordenaram a movimentação de veículos, enquanto o setor elétrico garantiu a pressurização da rede de combate a incêndio.
Antes da realização do simulado, os participantes assistiram a uma palestra ministrada pelo GRV sobre primeiros socorros e procedimentos para situações com múltiplas vítimas. Ao fim da operação, foi realizado o debriefing, no qual as equipes avaliaram pontos de melhoria e a eficiência dos protocolos adotados.
Para o superintendente do heliporto, Rosimar Tavares, a ação ajuda a medir a capacidade de reação quando há feridos e necessidade de decisões rápidas. “O simulado nos permite observar, em condições muito próximas da realidade, como as equipes reagem quando há múltiplos feridos e o tempo passa a ser determinante. A dinâmica de triagem, remoção e atendimento das vítimas revela a importância da coordenação entre os órgãos. A cada edição, conseguimos ajustar fluxos, fortalecer essa integração e garantir a segurança da nossa operação”, afirmou.
O subsecretário de Defesa Civil, Major Edson Pessanha, destacou o impacto do treinamento na rotina operacional. “O simulado foi excelente. Estamos sempre prontos para atender às solicitações da INFRA. Participar é muito importante, porque, diante de um sinistro ou acidente, teremos mais equipes preparadas para oferecer uma resposta rápida e eficiente aos tripulantes, que merecem esse respeito. Nossa missão é estar sempre prontos quando somos acionados”, comentou.
O coordenador do GRV, Emilio Martins, afirmou que o simulado fornece um nível de realismo impossível de reproduzir apenas com treinamentos teóricos. "O simulado é extremamente importante para toda a comunidade de socorro do município. O heliporto necessita desse suporte, e hoje viemos com uma equipe composta por enfermeiros, médico, ambulância UTI móvel e também o Veículo de Intervenção Rápida, o primeiro do Norte e Noroeste Fluminense. Ele foi estreado aqui e, a partir de agora, começará a atender nas ruas. O exercício foi muito positivo, bem profissional, e reforçou a integração entre todos os órgãos”, disse.
Durante o exercício, o Corpo de Bombeiros destacou a importância da integração entre as forças de resposta. Sobre a participação da corporação, o capitão Rodrigo Pimentel afirmou: “Este é o primeiro ano em que implantamos o destacamento aqui no Farol e participamos efetivamente do simulado. Antes, essa atuação era feita pela equipe do 5º GBM. Participar é fundamental, porque sempre somamos forças. Em um momento de dificuldade ou calamidade, o Corpo de Bombeiros estará ao lado das instituições, oferecendo a melhor pronta resposta possível”.
Fonte: Assessoria Infra