Corpo de Soninha Ferreira é sepultado no Cemitério do Caju, em Campos
O corpo da presidente da Associação SOS Atafona, Sônia Terra Ferreira, de 81 anos, foi sepultado na manhã desta segunda-feira (10), no cemitério do Caju, em Campos. Mais conhecida como Soninha, ela sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), no último dia 16 durante o velório de um amigo e esteve internada desde então. Ela faleceu nesse domingo (9). Familiares e amigos estiveram presentes para prestar a última homenagem para Soninha.
O sepultamento de Soninha aconteceu no Cemitério do Caju, em Campos, às 11h desta segunda, e reuniu muitas pessoas, que prestaram a última homenagem. Diversas coroas de flores no local para demonstrar o carinho para Soninha. Durante a despedida, familiares e amigos fizeram orações e cantaram louvores. O padre Romário da Catedral do Santíssimo Salvador esteve presente e deixou algumas palavras de conforto. Mais cedo, às 8h, foi realizada uma missa de corpo presente, em Atafona. Já o velório de Soninha aconteceu às 15h nesse domingo no Santuário Nossa Senhora da Penha também em Atafona.
Lia e Leila Terra são primas de Soninha e relataram que cresceram como irmãs. Elas ressaltam que entre tantas marcas que Soninha deixa, a principal delas é o amor.
"Nossa infância foi junta, éramos primas-irmãs e todo mundo achava a gente muito parecida. Eram muitas brincadeiras e muitas alegrias com Soninha. É muita saudade que ela vai deixar. Ela foi um exemplo de resiliência e de aceitação. Sem reclamar hora nenhuma. Não questionava nada. Tinha total aceitação de tudo. Pra gente ela estará sempre presente", contou Lia.
"Eu acho que ela foi bem e em paz. Deixou um legado maravilhoso de amor por onde passou. Uma pessoa muito querida e muito amada. Ontem, em Atafona, a igreja estava lotada. Há muito amor nisso. Ela morreu no dia do aniversário de nascimento do pai dela com quem era ligadíssima. No nosso entendimento de espírita, dizemos que ele veio buscá-la", disse Leila.
Soninha é filha do ex-deputado federal Alair Ferreira, que morreu no ano de 1987, em Brasília, aos 66 anos, e irmã do empresário Alair Ferreira Filho, que morreu em um acidente de carro na BR 101 em 2013.
Angela Andrade conhece Soninha desde a infância e, o que começou como uma amizade, com o tempo se tornou um laço de família.
“Conheço ela praticamente desde que eu nasci, porque estudei junto com o irmão dela no primário. Ela era muito amiga da minha irmã por causa da idade, e depois crescemos juntas adolescentes. Ela criou a primeira filha dela com meu filho, eles nasceram com uma semana de diferença. Sempre vamos lembrar dela pelo amor. Mesmo ela em Atafona e a gente em Campos, fomos muito próximas. Sempre admirei a garra dela e o jeito destemido de enfrentar as coisas. Ela sempre lutou por Atafona. Sempre foi muito religiosa e participava das festas. É uma presença que vai fazer falta. É um sentimento de perda que nós temos agora”, comentou.
“Conheço ela praticamente desde que eu nasci, porque estudei junto com o irmão dela no primário. Ela era muito amiga da minha irmã por causa da idade, e depois crescemos juntas adolescentes. Ela criou a primeira filha dela com meu filho, eles nasceram com uma semana de diferença. Sempre vamos lembrar dela pelo amor. Mesmo ela em Atafona e a gente em Campos, fomos muito próximas. Sempre admirei a garra dela e o jeito destemido de enfrentar as coisas. Ela sempre lutou por Atafona. Sempre foi muito religiosa e participava das festas. É uma presença que vai fazer falta. É um sentimento de perda que nós temos agora”, comentou.
Soninha passou mal no dia 16 de outubro durante o velório do amigo Geraldo Machado no cemitério Campo da Paz, em Campos. Ela foi internada no Hospital Ferreira Machado (HFM) em estado grave, onde ficou até o dia 27 de outubro, quando foi transferida para o Hospital São José do Avaí (HSJA), em Itaperuna.
A associação comunicou o falecimento de sua presidente nesse domingo através de uma nota de pesar e ressaltou o legado de Soninha que ficará. "Com o coração dilacerado, comunicamos o falecimento de Dona Sônia, presidente do SOS Atafona. Partiu uma mulher de fé, amor e entrega, que marcou nossas vidas com sua luz. Fica a dor da saudade e a certeza que o céu hoje a recebe com honra", disse a nota.
A Câmara de Vereadores de São João da Barra também se pronunciou e emitiu uma nota manifestando o pesar pelo falecimento de Soninha e solidariedade aos familiares e amigos.
"Soninha era uma das moradoras mais conhecidas e queridas da localidade e sempre foi muito atuante no meio cultural e religioso, tendo presidido por 15 anos, a Irmandade de Nossa Senhora da Penha. Por sua contribuição ao município de São João da Barra, recebeu da Câmara, em 2022, a Medalha Narcisa Amália”, disse a nota.
Nascida em Campos no dia 16 de agosto de 1944, Soninha viveu na cidade até os 18 anos, quando se mudou com a família para o Rio de Janeiro. Ela foi casada por 21 anos e teve três filhos. Sua relação com Atafona começou na infância, já que uma família passava verão por lá.