Petroleiros rejeitam proposta da Petrobras e se preparam para greve no Norte Fluminense
- Atualizado em 01/11/2025 11:14
Categoria se mobiliza para iniciar paralisação
Categoria se mobiliza para iniciar paralisação / Foto: Divulgação

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro NF) informou, nessa sexta-feira (31), que o resultado de assembleias realizadas em suas bases nesta semana apontou que a categoria está rejeitando, por unanimidade, uma proposta apresentada pela Petrobras. A entidade reivindica melhores condições de trabalho, medidas para cobrir o déficit financeiro dos fundos de pensão dos trabalhadores e deve intensificar a mobilização para uma greve.

De acordo com o levantamento parcial das assembleias realizadas até 31 de outubro, o ponto 1, referente à rejeição da contraproposta, foi aprovado por 100% dos votos. Já o ponto 2, que trata da aprovação do estado de greve, registrou 98,58% de votos favoráveis, 0,53% contrários e 0,89% de abstenções. O ponto 3, que delibera sobre a assembleia permanente, teve 99,29% de aprovação, 0,18% de votos contrários e 0,53% de abstenções.

O manifesto que expressa as principais reivindicações da categoria — entre elas a resolução dos PEDs, o teletrabalho, a incorporação dos trabalhadores de Cabiúnas, o fim dos desimplantes e a criação de uma política efetiva de SMS — também foi amplamente aprovado, com 99,29% dos votos favoráveis, nenhum voto contrário e 0,71% de abstenções.

Os três eixos centrais da campanha reivindicatória, que envolvem a solução imediata dos PEDs (Plano de Equacionamento de Déficits, que refere-se a medidas para cobrir o déficit financeiro dos fundos de pensão dos trabalhadores do Sistema Petrobras), a distribuição justa da riqueza e a defesa da Petrobras pública e soberana, também tiveram 99,11% de aprovação, sem votos contrários e apenas 0,89% de abstenções.

Durante a semana, o Sindipetro vai realizar mais assembleias em Barra do Furado, no Porto do Açu e em Macaé.

"A unidade dos petroleiros e petroleiras é o que move essa luta. A categoria está dando um recado claro à Petrobrás: não aceitaremos propostas que desrespeitam nossos direitos e nossa história. É hora de fortalecer a mobilização e preparar a greve”, afirmou o coordenador do sindicato, Sergio Borges.
Fonte: Ascom

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