Júlia Alves
07/05/2025 15:00 - Atualizado em 07/05/2025 15:36
Reprodução Redes Sociais
Após ser alvo de invasão e furto pela quarta vez neste ano, a Obra do Salvador, em Campos, contabiliza um prejuízo de quase R$ 20 mil, de acordo com a direção. A instituição, que fica localizada no Parque Leopoldina, em frente à Praça Ribeiro do Rosário, prepara os adolescentes e jovens para o mercado de trabalho.
O último registro desse tipo de crime foi no dia 2 de maio, sexta-feira da semana passada. A ação foi flagrada pelas câmeras de segurança do local. Nas imagens é possível ver um homem nas dependências da instituição. Entre os itens furtados nas quatro invasões estão fios, cabos, matérias de metal e alimentos, que são usados na preparação do lanche dos assistidos. Já na última quarta-feira (30), outra invasão foi realizada no local.
Obra do Salvador
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Foto: Divulgação
“É a quarta vez que entram na instituição para furtar algumas coisas e, como de costume, o furto é de fios, cabos, materiais como metal, alguma coisa que sirva para vender em ferro velho. Então, eles puxam e arrebentam os cabos. E tudo isso gera um prejuízo muito grande para a gente. Por que tudo isso é muito caro. Tem que ter o eletricista para colocar tudo em ordem de novo e, infelizmente, deixa a instituição um pouco parada, porque às vezes roubam os cabos de internet e do ar condicionado”, relatou o presidente da instituição, Padre Wallace.
Ele comenta ainda que há a suspeita de que uma mesma pessoa tenha invadido a instituição em menos de dois dias. “Na última vez, ele entrou na quarta-feira passada e na sexta-feira passada. De sexta para sábado que ele entrou na área administrativa, vimos que é a mesma pessoa da quarta-feira. Os roubos são os mesmos, de cabos, mas dessa vez como ele entrou na área administrativa, ele roubou os alimentos dos nossos jovens, que ficam na geladeira. Hoje a gente atende por volta de 500 jovens e damos um lanche para eles”, contou Padre Wallace.
Padre Wallace, presidente da Obra do Salvador
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Foto: Reprodução redes sociais
Ele conta que já calcula um prejuízo alto devido aos quatro casos de furto e destaca a insegurança vivida. “Hoje a gente já está orçando um prejuízo de quase 20 mil reais. Somos uma instituição que trabalha para motivar o jovem para o seu primeiro emprego e entregar o jovem com dignidade, mas estamos sofrendo com isso. O que mais nos deixa triste é que a gente fica numa insegurança muito grande. A gente já fica pensando assim: será que vamos chegar lá e encontrar a instituição infelizmente arrombada mais uma vez?”, questiona.
Padre Wallace conta ainda outra situação que o tem preocupado. Segundo ele, os jovens estão tendo seus celulares furtados ao sair da instituição. Ele informa que irá enviar ofícios à Guarda Municipal, Polícia Militar e Segurança Presente para solicitar reforço na segurança do local.
Conforme informado pelo presidente da instituição, o primeiro caso de furto teve boletim de ocorrência registrado. O segundo e o terceiro não, porém o quarto caso foi registrado através do boletim online.
A Folha entrou em contato com a Polícia Militar para saber sobre as providências que serão tomadas em relação aos casos ocorridos na Obra do Salvador. Em nota, a assessoria de imprensa disse que a PM não foi acionada para o fato, mas reforçou o policiamento na região.
“Ao tomar conhecimento do fato, o comando da unidade intensificou as diligências para buscar dados e imagens a fim de agregar ao inquérito policial em andamento na Delegacia de Polícia Civil”, informou.
Também procurada pela Folha para comentar sobre a situação, assessoria de comunicação da Polícia Civil disse, em nota, que os casos estão sendo investigados pela 134ª DP (Centro), que avalia imagens de câmeras de segurança e trabalha em conjunto com a PM.
“Agentes analisam imagens de câmeras de segurança e realizam outras diligências para apurar a autoria dos crimes. A instituição atua de forma integrada com a Polícia Militar, responsável pelo policiamento ostensivo, para reprimir esta prática criminosa no município”, disse a nota enviada pela Civil.