Município de Campos obtém conceito de "boa gestão" em índice da Firjan
Dados do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) 2025, divulgados nessa quinta-feira (18), apontam que o município de Campos, no Norte Fluminense, terminou 2024 com boa situação fiscal. A cidade apresentou o índice de 0,6021 ponto, o que configura o conceito de "boa gestão". Segundo o prefeito Wladimir Garotinho, o resultado só não foi melhor devido a adequações financeiras, principalmente por conta da falta de repasse à Saúde do cofinanciamento estadual. A Firjan também analisou outros municípios da região.
Com base em dados declarados pelas prefeituras, o IFGF é composto pelos indicadores de Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. Após a análise de cada um deles, a situação das cidades é considerada crítica (resultados inferiores a 0,4 ponto), em dificuldade (resultados entre 0,4 e 0,6 ponto), boa (resultados entre 0,6 e 0,8 ponto) ou de excelência (resultados superiores a 0,8 ponto).
Segundo o levantamento, Campos apresentou 0,5358 ponto em Autonomia; 1,0000 ponto em Gestão com Pessoal; 0,6543 em Liquidez; e 0,2182 ponto em Investimentos.
Wladimir destacou que a gestão tem conseguido manter as contas em dia e realizado outras ações. "Foi publicado hoje o Indice Firjan de Gestão Fiscal 2025 e Campos teve sua classificação na categoria 'Boa Gestão'. Só não ficamos ainda melhor por conta do setor de investimento público, que tivemos que reduzir e readequar para manter a saúde funcionando pelo não repasse do cofinanciamento por parte do Estado. Temos conseguido manter as contas em dia, a cidade viva e cuidando das pessoas através de ações sociais e políticas públicas assertivas", afirmou o prefeito de Campos.
Norte Fluminense acima da média do Estado
Os municípios do Norte Fluminense encerraram 2024 com IFGF médio de 0,5998 ponto. Apesar desse resultado indicar um desempenho superior à média do estado (0,5587 ponto), o quadro resume uma situação fiscal difícil para os municípios da região.
A análise dos indicadores revela que, em média, houve excelência em Gastos com Pessoal (0,8269 ponto) e alto nível de Liquidez (0,7257 ponto), sugerindo flexibilidade orçamentária e bom planejamento financeiro. No entanto, o grande ponto de fragilidade da região está no nível crítico de Investimentos (0,3351 ponto) e na baixa autonomia das prefeituras (0,5116 ponto).
Macaé é o único município que segue na contramão da maioria: combinou excelente nível de autonomia e destinou um bom percentual da receita para investimentos públicos. Diferente de São Francisco de Itabapoana que terminou o ano de 2024 com situação fiscal em nível crítico. O município apresentou forte dependência de transferências intergovernamentais para custear despesas básicas obtendo nota zero no IFGF Autonomia.
O presidente da Firjan defende que as cidades desenvolvam ações para estimular a economia e gerar recursos localmente. “Assim, além de não ficarem tão vulneráveis aos ciclos econômicos, darão oportunidades para a população, com melhoria da renda e da qualidade de vida”, reforçou Luiz Césio Caetano.