O começo de 2025 tem sido de boas notícias para o I Festival Internacional Goitacá de Cinema, que acontecerá em Campos, em agosto. Ao longo dos dias da 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes, Fernando Sousa, diretor geral do Festival, se reuniu com o Presidente da Embratur, Marcelo Freixo para conversarem sobre o que pode ser uma parceria inédita para a cidade de Campos e região. O Festival tem apoio da Lei Rouanet.
Além do apoio, a ideia é que haja uma sessão especial no Festival Internacional Goitacá de Cinema com os filmes produzidos a partir do Edital curtas Brasil com S, obras que buscam promover os destinos turísticos por meio de produções de diversas regiões do país, alinhadas aos pilares da Marca Brasil e à estratégia internacional da Embratur. Desde 2023, a Embratur têm retomado as políticas públicas do audiovisual no turismo e a aproximação entre ambos os setores.
— A busca por essa parceria com a Embratur acontece em um momento muito estratégico para a produção cinematográfica brasileira, e a aproximação entre os setores do audiovisual e do turismo é estratégica para a região norte fluminense e para o Brasil. Os filmes inspiram as pessoas a viajarem, conhecerem novos lugares e diferentes culturas. O sucesso do filme “Ainda estou aqui”, que tem sido premiado nos principais festivais do mundo e agora está indicado nas principais categorias do Oscar, faz com que o cinema brasileiro ocupe um lugar de destaque internacional. O apoio da Embratur cumprirá papel estratégico já na internacionalização do Festival Goitacá de Cinema, pois é sua atribuição promover o Brasil no exterior e nada mais eficiente para esse objetivo do que o cinema e o audiovisual — afirma Fernando Sousa, diretor geral do Festival.
Campos é um município que possui grande relação histórica com a sétima arte. Por mais que atualmente tenha apenas três cinemas, todos eles em shoppings, nos áureos tempos chegou a contar com quase 70 salas para exibições de filmes. Uma cultura mantida na cidade é a dos cineclubes, entre eles o Cine Darcy, realizado pela Uenf. Em relação à produção cinematográfica, a planície goitacá foi palco de gravações filmes, entre os quais “Ganga Zumba” (1963) e “Xica da Silva” (1963), de Cacá Diegues.
Produções locais também foram promovidas, com destaque para os filmes “Sobre o domínio da fé” (1995), de Maria Helena Gomes; “Forró em Cambahyba” (2013), de Vitor Menezes; e “Faroeste Cabrunco” (2022), de Victor Van Ralse.