Saulo Pessanha
10/12/2025 15:07 - Atualizado em 10/12/2025 15:10
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), carregou na tinta. Concedeu ontem liberdade provisória ao deputado Rodrigo Bacellar (União), mas o afastou da presidência da Assembleia Legislativa (Alerj).
Moraes ainda determinou que Bacellar use tornozeleira eletrônica enquanto durarem as investigações contra ele. Também ordenou o recolhimento domiciliar do deputado entre 19h e 6h, de segunda a sexta-feira e integralmente nos fins de semana e feriados.
Exepcionalmente Bacellar poderá ficar fora da sua residência se estiverem ocorrendo sessões legislativas. Além disso, Moraes determinou que ele entregue todos os seus passaportes e não se comunique com outros investigados.
Quanto à decisão da Alerj pela soltura de Bacellar, era pule 10. Não surpreendeu, até porque, quando foi eleito presidente da Casa, o deputado recebeu todos os votos possíveis.
Agora, entre os 42 votos favoráveis à soltura de Bacellar estiveram os dos deputados Carla Machado, Thiago Rangel e Chico Machado. A posição desses parlamentares era esperada. São aliados do presidente.
O voto de Carla Machado, por sinal, foi o único dado pelo PT para que Bacellar fosse solto. A deputada tem forte ligação política e pessoal com o presidente afastado da Alerj. Os demais integrantes da bancada seguiram a diretriz partidária.
O PT, vale dizer, orientou seus deputados a votar pela manutenção das medidas cautelares impostas a Bacellar pela defesa de uma investigação séria para enfrentar o crime organizado.
O deputado Chico Machado, que tem base eleitoral em Macaé, e é um aliado de primeira hora de Bacellar, votou pela revogação da prisão também como membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).