O pastel de camarão apenas no nome
Anos 50. O expresso da Leopoldina procedente de Miracema, no Noroeste do estado, parou na estação de Ernesto Machado, distrito de Campos.
Junto aos passageiros, um garoto sardento gritava.
— Pastel de camarão... Pastel de camarão...
O jornalista Carlos Amorim, que estava no trem, retornando de uma conferência literária em Santo Antônio de Pádua, comprou um dos pastéis.
Logo verificou que o recheio era de carne bovina. Chamou o garoto e perguntou-lhe:
O jornalista Carlos Amorim, que estava no trem, retornando de uma conferência literária em Santo Antônio de Pádua, comprou um dos pastéis.
Logo verificou que o recheio era de carne bovina. Chamou o garoto e perguntou-lhe:
— Você não disse que o recheio era de camarão?
E o garoto:
— Disse sim, senhor!
— Mas não tem camarão no pastel — retrucou Amorim.
O garoto então rebate, em meio a risadas de outros passageiros:
O garoto então rebate, em meio a risadas de outros passageiros:
— Camarão era o nome do boi com cuja carne foi feito o recheio do pastel!
