Nino Bellieny
24/02/2025 15:00 - Atualizado em 26/02/2025 08:00
Entrevistamos o advogado criminalista Vítor Meireles, articulista colaborador da Coluna NB:
NB: Vitor, o senhor é um advogado de grande renome na área criminalista, inclusive já foi considerado um dos maiores da sua geração no estado do Rio. O que te motivou a seguir essa carreira?
VM: Sempre fui apaixonado pelos embates jurídicos. Na primeira idade meu interesse se deu através dos filmes e, na adolescência, assistindo a muitos Tribunais do Júri. Tenho veias criminalistas na família, minha mãe foi do corpo de jurados por décadas e, meu pai, foi comissário de Polícia Civil, e posteriormente advogado.
NB: Onde o senhor nasceu?
VM: Nasci no Município de Itaocara, mas sempre residi em Cambuci, especificamente no 5º. Distrito chamado Funil, próximo a Aperibé.
NB: Em qual faculdade se formou?
VM: Me formei na Universidade Estácio de Sá, em Campos dos Goytacazes, no ano de 2007. Em seguida fui para o Rio de Janeiro onde me especializei.
NB: Quais foram os maiores desafios que enfrentou ao longo da carreira?
VM: Sair do Interior para morar longe dos meus pais para estudar.
NB: Pode compartilhar conosco algum caso memorável que teve grande significado na carreira?
VM: Tive a honra de labutar em diversos casos emblemáticos de repercussão nacional, mas reputo que os maiores deles foram duas chacinas. Uma na Comarca de Conceição de Macabu-RJ, onde o Acusado foi apelidado de a Fera de Macabu, alcunha esta revivida e reutilizada do texto literário brasileiro “A Fera de Macabu”. A outra foi em Espera Feliz-MG, conhecida como a Chacina do Córrego São Felipe.
NB: Quais são as qualidades essenciais para se tornar um advogado criminalista bem-sucedido?
VM: A perseverança, a combatividade, o conhecimento e a humildade.
NB: Como lidar com o estresse e a pressão que vêm com a responsabilidade de defender os clientes?
VM: Para o Criminalista é impossível separar o homem do profissional, digo sempre que o braço do advogado começa onde termina a mão do indivíduo. São noites de afinco e estudo, debruçadas em processos de milhares de páginas. Os maiores dos ramos do Direito.
NB: Cite três grandes juristas que te inspiram:
VM: São muitos, mas passeando entre a velha guarda e a mais recente, inequivocamente reputo Evandro Lins e Silva, Waldir Troncoso Peres e João Paulo Granja.
NB: Para finalizar, qual conselho daria para os jovens que desejam seguir a carreira de advogado criminalista?
VM: O Criminalista não nasce de uma vontade, Ele é o produto de toda uma vida literária e de experiências servíveis ao júri. Na atuação em plenário, o advogado se vale de todo o arcabouço de suas experiências, percepções e sentidos humanos, não só dos estudos jurídicos.