Com menos de quatro semanas para o primeiro turno das eleições municipais, os últimos dias foram marcados por desistências e mandados judiciais envolvendo candidatos a prefeito de Campos. O petroleiro Lesley Beethoven (PSDB) anunciou ontem sua desistência do pleito. Para o seu lugar quem assume a cabeça de chapa é Drª Carla Waleska (PSDB), que concorria a vice até então. Além disso, o juiz Ralph Manhães, da 75ª Zona Eleitoral, autorizou mandados de busca e apreensão contra Dr. Bruno Calil (SD), duas gráficas e 18 candidatos a vereador pelo MDB após denúncia de confecção de material de campanha irregular. Já em Carapebus, a prefeita e candidata à reeleição Christiane Cordeiro (PP) teve o registro indeferido pela Justiça Eleitoral em primeira instância e recorre.

Beethoven também teve seu registro de candidatura indeferido em primeira instância por ausência de documentação. No entanto, o tucano preferiu não recorrer e lançou o nome da então vice para cabeça de chapa. Para lugar da médica como vice, assume Léo Fernandes Vigilante.

De acordo com Beethoven, o motivo para sua desistência foi a segurança jurídica. “Preferimos seguir no processo com uma dupla sem que fosse necessário recursos interpostos”.

Fiscalização - Após denúncia anônima, o Ministério Público Eleitoral conseguiu autorização para os mandados contra Dr. Bruno Calil, os candidatos a vereador do MDB e as gráficas. No entanto, não houve cumprimento dos mandados na última segunda-feira, quando a ordem foi assinada. Os documentos estão dentro da consulta processual pública e agora haveria uma reavaliação das ações de investigação por causa da divulgação antecipada. Não havia confirmação do cumprimento dos mandados ontem até o fechamento desta edição.

Em nota, Calil disse que não foi notificado e classificou a denúncia como um ataque de adversários políticos. “Estamos apresentando propostas para a Saúde, Educação, transporte, empregos e todas as outras áreas. Na falta de propostas e vendo as pesquisas, adversários nos atacam”.

A prefeita de Carapebus e candidata à reeleição Christiane Cordeiro teve o registro indeferido com base na Lei da Ficha Limpa. A decisão do juiz Sandro de Araújo Lontra, da 255ª Zona Eleitoral de Quissamã e Carapebus, levou em consideração o pedido de impugnação do Ministério Público. A defesa de Christiane apresentou recurso e pode continuar a campanha.

A promotoria entende que Christiane está inelegível por ter as contas de 2017 reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Câmara Municipal. No entanto, a defesa da prefeita entende que houve nulidades na condução do Legislativo e informou que já entrou com recurso para anular a decisão.

No pedido, a promotora Glaucia Rodrigues Torres De Oliveira Mello alega que “das irregularidades apontadas e do inteiro teor das decisões listadas, observa-se que o impugnado (Christiane), na qualidade de gestor, cometeu faltas graves e que, em tese, configuram ato doloso de improbidade administrativa, por violação a princípios e dano ao erário”.