Presidente da CDL estima que venda do Dias das Mães terá queda de 75% em Campos
07/05/2020 07:56 - Atualizado em 11/05/2020 19:02
A perspectiva de vendas no Dia das Mães neste ano, em meio à pandemia do novo coronavírus, não é das mais animadoras. De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos, Orlando Portugal, entrevistado desta quarta-feira (7) do Folha no Ar, da Folha FM 98,3, a comercialização específica para data comemorativa deve ter uma queda de cerca de 7% em relação ao ano anterior. Portugal aproveitou para reforçar a necessidade de compra no comércio local, que está trabalhando, respeitando os decretos que visam conter a propagação da Covid-19, por delivery (entrega) ou take away (retirada). Orlando ainda destacou a participação do Conselho Empresarial Permanente de Desenvolvimento de Campos, o Cecam, junto ao poder público, para flexibilização de alguns setores do comércio, mas sempre destacando que o mais importante é a preservação da vida.
Para o presidente da CDL, o Dia das Mães é considerada a segunda melhor data de vendas do ano para o comércio. Segundo Orlando, os comerciantes se preparam os estoques todos os anos aguardando um movimento maior no início de maio. “Isso acontece em um volume grande e, por consequência, o resultado financeiro para as empresas é de tamanha envergadura. Nesse momento de pandemia, tudo isso é desconstruído. As lojas físicas, em condições normais, atuavam na clientela que saía de casa, tinha fidelidade, lá adentravam e comprovam seus produtos. Hoje só nos resta a questão do delivery, dos sites de compra, e o take away”, afirmou.
O site do CDL tem contato de mais de 200 estabelecimentos para que os consumidores possam adquirir os produtos. No entanto, Portugal destaca que os lojistas já estavam se preparando para essa migração para venda digital, até mesmo com incentivo da CDL, mas todo panorama mudou muito rápido devido à pandemia. Além disso, parte dos clientes ainda preferem a compra na loja física, para ver o produto antes de levar, sobretudo com os presentes:
— Grande parte dos produtos que são consumidos nas compras para as mães, são produtos que precisam ser experimentados, uma escolha seletiva, e isso nós não vamos ter. Trabalhamos com uma expectativa muito ruim em relação ao resultado do Dia das Mães, até mesmo pela questão de ter muitas lojas fechadas, shoppings fechados. Nós esperamos um movimento em torno de 25% do que foi o ano passado.
Orlando comentou também sobre a relação dos representantes do setor empresarial junto ao poder público no acompanhamento das medidas de restrição e também para flexibilização para alguns segmentos do comércio. “Desde o primeiro momento, lá atrás, quando nos mudamos o horário do comércio, de 10h às 17h, o que levou uma semana, desde aquele momento nós já tínhamos sido chamados para conversar em relação a essa questão. Deixar claro que não é só a CDL, mas o Cecam como um todo”, disse Portugal, destacando, ainda, que todos os segmentos que foram abertos têm influência direta do Cecam junto ao poder público:
— Não é simplesmente pedir para abrir por abrir. A gente pedia a abertura e fazia o embasamento pela necessidade eminente para todos que estavam confinados, em quarentena, como também para o funcionamento normal. Um dos nossos primeiros pedidos, lá atrás, foi a questão das padarias, que botaram para abrir as 7h e passaram a gerar filas nas portas dos estabelecimentos. Voltou para o horário das 5h, 6h, acabando com as filas e dando maior segurança à população.
O Cecam é formado pela CDL, Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejo), Fundação de Desenvolvimento do Norte do Estado (Fundenor), Sindicato Rural de Campos, Associação de Comerciantes e Amigos da Rua João Pessoa (Carjopa), Associação Norte Fluminense do Comércio Farmacêutico (Anflucof) e o Sindicato do Comércio Farmacêutico do Norte Fluminense (Sincofarma).
Confira a entrevista completa:
 
 

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