PT em corrida interna para pré-candidatura
Arnaldo Neto 02/03/2020 19:48 - Atualizado em 10/03/2020 14:56
José Maria no estúdio da Folha FM 98,3
José Maria no estúdio da Folha FM 98,3 / Isaías Fernandes
A corrida interna para consolidar uma pré-candidatura do PT à Prefeitura de Campos tem movimentado os bastidores do próprio partido. Em seu blog, hospedado no Folha 1, o jornalista Saulo Pessanha afirmou que o sindicalista José Maria Rangel retirou seu nome do páreo. A informação surpreendeu até mesmo os outros nomes petistas na disputa: Hélio Anomal e Odisséia Carvalho, que aguardam a definição do PT em um procedimento interno. No fim da tarde de ontem, Rangel negou que tenha retirado a candidatura.
— Tem uma discussão no partido para qual seria o melhor nome. Eu continuo pré-candidato [a prefeito]. Agora, se o partido entender que eu tenho de lançar o meu nome a vereador, não tem problema. O importante é manter nosso foco contra o modelo fascista — disse José Maria, acrescentando que uma reunião do partido na quarta-feira (amanhã) vai tratar sobre a disputa eleitoral: “Vamos discutir nossa posição à luz do diretório estadual e do diretório nacional, que já orientou para que municípios estratégicos, e Campos está entre eles, tenha candidatura própria”, completou.
O sindicalista Hélio Anomal também se coloca como pré-candidato a prefeito pelo PT, mas afirmou que é um processo ainda em discussão. A possibilidade de retirada da pré-candidatura de Rangel o surpreendeu: “Eu não tinha essa informação ainda, é um fato novo para mim. Vamos ter uma reunião na quarta do GTE, o Grupo de Trabalho Eleitoral, do qual faço parte, e vamos discutir essa situação. O Zé Maria retirando a pré-candidatura dele, é bem provável que entre na disputa a vereador. Vamos continuar conversando e, se confirmada a saída do companheiro Zé Maria, mantenho minha pré-candidatura e temos também a pré-candidatura da companheira Odisseia”.
Outro nome na lista do PT, Odisséia Carvalho nega que haja disputa interna no partido e destaca as orientações que estão sendo seguidas. “A gente ainda está fazendo uma discussão interna e é bom deixar claro que não há disputa interna. Quem não for pré-candidato a prefeito ou prefeita, vai entrar na disputa a vereador ou vereadora. O Zé Maria já estava potencialmente bem colocado e seria uma alternativa realmente diferente: Wladimir (Garotinho, PSD) é Rosinha e Garotinho; Caio (Vianna, PDT) é o retorno de Arnaldo; Rafael (Diniz, Cidadania), apesar do peso da máquina, está muito mal avaliado. Até mesmo essa questão do Zé Maria, partidariamente, não está definida. Teremos uma reunião na quarta e isso será discutido”, pontuou.
A possibilidade de o PT não lançar candidato a prefeito e compor aliança com outra pré-candidatura já lançada foi rechaçada por Anomal e Odisséia. “As conversas nas nossas reuniões mensais são de lançar candidatura própria. Se houver uma grande corrente defendendo aliança e se essa for a decisão da maioria, cabe a mim respeitar. Mas espero que seja confirmado meu nome ou o da valorosa companheira Odisséia”, disse Hélio. Odisséia, no mesmo sentido, complementa:
— Não tem chance de composição. Existe uma orientação nacional, do próprio presidente Lula, que deixou claro que o PT terá candidatura própria nos municípios com mais de 100 mil habitantes. A única exceção é o município do Rio de Janeiro, que o PT vai analisar entre a candidatura da companheira Benedita da Silva ou no apoio ao Marcelo Freixo, do Psol. 

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