Freiras do Mosteiro da Santa Face distribuem refeições há mais de 40 anos em Campos
Daniela Abreu 28/03/2020 22:31 - Atualizado em 02/04/2020 16:30
Equipes da Prefeitura estão auxiliando para não haver aglomeração de pessoas
Equipes da Prefeitura estão auxiliando para não haver aglomeração de pessoas
 
As freiras do Mosteiro da Santa Face, da Ordem Redentora passarão a contar com a ajuda da Prefeitura de Campos para organizar a fila durante a distribuição de alimentos. Na última semana, segundo informações das próprias freiras, uma equipe da Vigilância Sanitária esteve no local e houve receio pela interrupção da ação humanitária de iniciativa independente das irmãs, há mais de 40 anos. A entrega de alimentação continuou e, neste sábado (29), uma equipe esteve no local e propôs a abertura da escola ao lado para organização da fila. A Prefeitura disse ainda que vai distribuir kit de alimentação ao alunos da rede municipal. Neste sábado, também foram entregues as cestas básicas solidaria a catadores de recicláveis.
A irmã Maria dos Anjos contou que a distribuição de alimentos ocorre três vezes ao dia com a distribuição do café da manhã, seguido de almoço e lanche da tarde. Ela frisou que não se trata de um trabalho.
— Não é um trabalho. Nós damos comida a quem nos pede. As pessoas nos procuram e nós não negamos — explicou.
Desta forma a ação humanitária das irmãs segue por anos, sem discriminar quem precisa de alimentos. “Tem gente que vem aqui mais bem vestido e nós avisamos que a distribuição é só para quem vive na rua. Alguns deles vão embora e outros permanecem e recebem a comida. Alguns avisam que estão desempregados. Muitas vezes algumas pessoas comem aqui por um tempo e depois voltam com um dinheiro para colaborar e agradecer. Aqui vem gente muito humilde, mas vem gente que fala vários idiomas, que falam até latim — conta a irmã Maria dos Anjos, explicando que muitos são os fatores que levam uma pessoa a viver nas ruas.
São cerca de 120 refeições servidas três vezes ao dia e tudo é feito com doações de pessoas e com a venda de trabalhos manuais e salgados, feitos pelas freiras e vendidos na instituição. A irmã diz que os interessados em fazer doações de alimentos, embalagens de quentinha ou até mesmo financeira podem ir diretamente na instituição, que fica na rua Marechal Floriano, 275, ao lado da secretaria de Trabalho e Renda e próximo ao Jardim São Benedito.
Qualquer doação é bem-vinda, mas o Mosteiro recebe bastante material básico como arroz, feijão, óleo e sal. A irmã alerta que há necessidade de outros materiais, legumes, frutas, verduras e sucos prontos.
Segundo a irmã Maria dos Anjos, antes da pandemia e da necessidade do isolamento, o normal era servirem de 80 a 100 refeições a cada turno, mas agora, muita gente está impossibilitada de trabalhar e tem recorrido à distribuição.
Em nota a prefeitura de Campos disse que “pelo segundo dia consecutivo, equipes da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social (SMDHS) atuaram em parceria com as Irmãs do Mosteiro da Santa Face, mais conhecidas como as freiras do Jardim São Benedito. O trabalho de orientação para a importância da distância entre as pessoas é realizado pela equipe de abordagem da SMDHS. Foi requisitado o pátio da Creche Escola Municipal Professora Rita de Cássia Chardelle, que fica ao lado do Mosteiro, para contribuir na organização da fila, evitando que os assistidos fiquem muito próximos um do outro. No local também acontece a identificação de possíveis sintomáticos por esta equipe. Agentes da GCM acompanham o trabalho realizado pela SMDHS, em posições estratégicas”.
A secretária da pasta informou que há levantamento sobre os assistidos “Essa é mais uma medida da Prefeitura no enfrentamento ao Covid-19. Em geral, as pessoas assistidas pelas freiras não são indivíduos em situação de rua, de acordo com levantamento do Centro Pop”, disse Pryscila Marins.
Vaquinha solidária — A vaqinha solidária para entregar cestas básicas a catadores de materiais recicláveis de Campos já deu certo. No último sábado, 79 cestas com alimentos foram doadas aos trabalhadores do Renascer, Nova Esperança, Catasol e Reciclar. Eles recolheram as doações nos postos onde fazem a coleta.
Além do básico da alimentação diária as cestas foram complementadas com produtos como aipim, limão, maracujá, abacate, muita couve e laranja.
Vaquinha solidária deu certo e permitiu entrega de cestas
Vaquinha solidária deu certo e permitiu entrega de cestas
Prefeitura vai doar kits de alimentação a estudantes
A Prefeitura de Campos, através da secretaria municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece), vai distribuir kit-alimentação aos estudantes da rede municipal. O anúncio foi feito pelo prefeito Rafael Diniz e pelo secretário Brand Arenari. O objetivo da iniciativa é manter a segurança alimentar dos alunos enquanto as escolas permanecem fechadas para conter a pandemia do coronavírus. O processo para aquisição do material foi aberto e a expectativa é que a distribuição ocorra em abril.
— Queremos manter o nosso estudante em casa e alimentado, sem correr o risco de pegar o coronavírus e não só adoecer, como levar a doença aos pais e avós que moram com eles. O momento é de preservação de vidas e a recomendação de todos os órgãos de saúde do mundo é: fiquem em casa — frisou Diniz.
Os kits serão compostos por alimentos não perecíveis que compõem a cesta básica brasileira. Cada estudante terá direito a um conjunto de itens por mês, a serem levados para consumo domiciliar. O kit será retirado na unidade de ensino na qual o estudante está matriculado, em horário pré-determinado pela direção, para evitar aglomerações.
De acordo com Brand, a iniciativa estava sendo estudada desde o início da suspensão das aulas, mas devido aos procedimentos legais necessários, só nessa quinta-feira (26) a aquisição foi liberada. “Sabemos que a merenda escolar tem um papel muito importante na alimentação dos nossos alunos, mas não podíamos continuar com escolas abertas, expondo servidores e alunos. Por este motivo, optamos pelo kit”, explica.
Suspensão das aulas — As aulas na rede municipal estão suspensas até o dia 30 de abril. Segundo o secretário, todas as ferramentas possíveis a serem utilizadas para reposição das aulas estão sendo estudadas, inclusive a modalidade Educação à Distância (EaD). “As medidas devem ser adotadas com calma, embasadas na realidade dos estudantes da rede municipal que, em sua maioria, não possui computador em casa”, destaca.
Prefeitura vai doar kits de alimentação a estudantes
A Prefeitura de Campos, através da secretaria municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece), vai distribuir kit-alimentação aos estudantes da rede municipal. O anúncio foi feito pelo prefeito Rafael Diniz e pelo secretário Brand Arenari. O objetivo da iniciativa é manter a segurança alimentar dos alunos enquanto as escolas permanecem fechadas para conter a pandemia do coronavírus. O processo para aquisição do material foi aberto e a expectativa é que a distribuição ocorra em abril.
— Queremos manter o nosso estudante em casa e alimentado, sem correr o risco de pegar o coronavírus e não só adoecer, como levar a doença aos pais e avós que moram com eles. O momento é de preservação de vidas e a recomendação de todos os órgãos de saúde do mundo é: fiquem em casa — frisou Diniz.
Os kits serão compostos por alimentos não perecíveis que compõem a cesta básica brasileira. Cada estudante terá direito a um conjunto de itens por mês, a serem levados para consumo domiciliar. O kit será retirado na unidade de ensino na qual o estudante está matriculado, em horário pré-determinado pela direção, para evitar aglomerações.
De acordo com Brand, a iniciativa estava sendo estudada desde o início da suspensão das aulas, mas devido aos procedimentos legais necessários, só nessa quinta-feira (26) a aquisição foi liberada. “Sabemos que a merenda escolar tem um papel muito importante na alimentação dos nossos alunos, mas não podíamos continuar com escolas abertas, expondo servidores e alunos. Por este motivo, optamos pelo kit”, explica.
Suspensão das aulas- As aulas na rede municipal estão suspensas até o dia 30 de abril. Segundo o secretário, todas as ferramentas possíveis a serem utilizadas para reposição das aulas estão sendo estudadas, inclusive a modalidade Educação à Distância (EaD). “As medidas devem ser adotadas com calma, embasadas na realidade dos estudantes da rede municipal que, em sua maioria, não possui computador em casa”, destaca.

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