Tradição e fé no dia de Santo Amaro
Celso Cordeiro Filho 14/01/2020 22:34 - Atualizado em 20/01/2020 17:03
Nesta quarta-feira (15), todos os caminhos levam ao distrito de Santo Amaro. Tradição de 287 anos da cidade, a festa do padroeiro da Baixada Campista reúne devotos de todo o Brasil. Desde as primeiras horas milhares de fiéis chegam para a festa com a programação se iniciando através da primeira missa, celebrada às 3h, para receber os peregrinos que percorrem o Caminho de Santo Amaro. Durante o dia acontecerão missas às 4h, 5h, 7h, 9h 11h, 13h, 17 e 19h, sendo que a tradicional cavalhada está prevista para as 15h, procissão, às 18h, e encerrando os festejos, às 21h, show católico com Padre Max e Banda.
Nesta terça-feira, logo após rezar missa na igreja de Santo Amaro, em Donana, o Bispo Dom Roberto Francisco Ferrería Paz deu a bênção aos romeiros que participam da Caminhada de Santo Amaro, que prossegue na madrugada desta quarta. Às 11h, ele preside a missa solene com a presença de fiéis e autoridades, e destaca a importância da festa que consagra manifestação de fé e devoção ao santo. Lembra também a importância do evento neste ano em que a Diocese de Campos se prepara para celebrar seu centenário. “Já em pleno triênio de preparação para o centenário da Diocese de Campos em 2022, é importante sublinhar o significado desta festa religiosa importante para a planície campista. Nela encontramos raízes históricas da espiritualidade beneditina de peregrinação missionária, que formatou o Caminho de Santo Amaro, da edificação eclesial e da pastoral da comunidade do Santuário e do valor da Cavalhada. Celebrar a festa de Santo Amaro é fortalecer nossas raízes e avançar para a nova evangelização proposta pelo Papa Francisco”, salientou.
À tarde, a Cavalhada de Santo Amaro, tradição cultural preservada pelos moradores do distrito, será um dos momentos mais esperados da festa. A cavalhada teve sua primeira edição no dia 7 de outubro de 1730, no Solar do Colégio, e se mantém viva na festa do padroeiro da Baixada Campista desde a construção da primeira capela em 1733. Cultura e fé se abraçam. A tradição se mistura ao compromisso de preparar todos os detalhes para o brilho do espetáculo de fé e de diálogo intercultural e religioso.
O espetáculo une tradição e integra gerações que lutam para manter a representação viva na memória social e coletiva. “Fazendo parte da festa, uma tradição viva e sempre atraente é a Cavalhada de Santo Amaro. Expressa por um lado a arte equestre e a representação lúdica e simbólica de um passado heroico, inspirado na defesa da fé e da liberdade religiosa dos cristãos. Hoje outro contexto: a necessidade de diálogo civilizatório entre culturas, a mística e a importância dos valores da cavalaria como ideal de serviço a Deus e à Igreja, a beleza da perícia da montaria e nas evoluções das diversas tarefas. Mostra, especialmente, o trabalho comunitário de várias gerações na integração humana e social”, acrescentou Dom Roberto Francisco.
Show religioso do Padre Max e Banda encerra a programação. O Evangeliza Show começa, às 21h, no palco oficial, e promete levar a mensagem do evangelho através de um repertório mesclado com músicas do cancioneiro tradicional em ritmos animados. Padre Max Barreto se apresenta acompanhado de banda formada por jovens da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Italva. Através da carreira musical, o sacerdote quer levar a mensagem do evangelho e promover uma igreja que enaltece os exemplos de Cristo.
— Sempre gostei de cantar e desde a minha juventude percebi em algumas comunidades a dificuldade de pessoas em se integrar às ações religiosas. Daí, resolvi cantar para animar as celebrações. Fui incentivado a continuar e aí nasceu o primeiro CD “Servo por amor’. É uma carreira artística feita de muitos sonhos, projetos, mas sem esquecer o fundamental que é a missão sacerdotal — completou.
 
 

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