Viva a Ciência da escola à universidade
Camilla Silva 12/08/2019 18:22 - Atualizado em 15/08/2019 14:05
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Testar a qualidade da água que é consumida na casa dos alunos, mandar ovos de Aedes aegypti para o espaço, criar um robô ou um simulador de tornados e, ainda, testar a aerodinâmica de aviões de papel. Essas foram algumas das 36 ideias escolhidas na 1ª edição do Viva Ciência na Escola para serem desenvolvidas por 105 alunos e 27 professores de 20 unidades da rede municipal de educação. Nesta segunda-feira (12), selecionados para o programa participaram de uma cerimônia no Teatro Trianon que contou com a presença do prefeito Rafael Diniz, o secretário de Educação Brand Arenari, o superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação Romeu e Silva Neto e o superintendente do Fundo de Desenvolvimento de Campos, Rodrigo Lira. No evento, 30 participantes do último Viva Ciência, programa de bolsas para estudantes do Ensino Superior, receberam os certificados de conclusão e outros 60 novos bolsistas foram apresentados.
— Para nós é uma alegria muito grande ver esse auditório muito cheio, não só de pessoas, mas de sorrisos, esperanças e oportunidades. Esse é um projeto grandioso e eu sou testemunha disso porque já fui bolsista de iniciação científica. A gente vai relembrando a importância que isso tem. Eu posso dizer que o que eu tenho na vida, minha profissão, o sustento da minha família, eu devo a uma bolsa que tive lá atrás. É muito emocionante participar da implantação de uma política pública que eu me beneficiei quando mais jovem — afirmou o secretário de Educação, Brand Arenari.
O prefeito Rafael Diniz ressaltou a importância dos professores que sonham na sala de aula como a ciência pode mudar a vida dos alunos.
— É necessário que a prefeitura fique junto das universidades. Muito tempo foi perdido. Estarmos juntos. O conhecimento já está posto há muito tempo nas nossas universidades, faltava desejo e vontade de aproveitá-los e trazer para dentro da gestão para mostrar os caminhos que vão proporcionar a transformação. Isso é necessário para mostrar para essa garotada que eles podem sim transformar o mundo, e antes de tudo, as próprias vidas pela ciência, inovação, tecnologia e estudo. Por isso a gente criou o Viva Ciência também na escola e o resultado está aqui — afirmou o prefeito.
O Fundecam é responsável por custear as bolsas mensais liberadas para os estudantes com recursos próprios. Para cada universitário as bolsas são de R$ 400 e para cada estudante da rede a bolsa é de R$ 120, com R$ 1 mil de taxa de bancada, destinada aos professores responsáveis pela orientação. Segundo o superintendente do órgão, Rodrigo Lira, afirmou que a verba destinada ao projeto foi conseguida a partir da cobrança de dívidas de empréstimos realizados.
Ciência realizada dentro da escola
A professora de ciências Erlise Sanches, é a orientadora de um projeto que é realizado no Colégio José do Patrocínio por cerca de 10 alunos, três deles bolsistas pelo programa. “O diferencial é que eles têm que coletar os dados, levantar hipóteses, testar, chegar a uma conclusão. Isso eles só viriam na graduação, a questão da pesquisa. Eles podendo começar a fazer no fundamental, é muito bom para eles”, defendeu.
Viva a Ciência da escola e na universidade
Viva a Ciência da escola e na universidade / Genilson Pessanha
— No nosso projeto a gente coleta a água na casa de alunos da nossa escola para testar a qualidade, para ver se ela é potável, tanto em casas que têm água na torneira, quanto as que têm água de poço — explicou a estudante Izabele Marques, aluna do 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio José do Patrocínio, de 15 anos.
O Cemei Francisco Portela, em Tocos, conseguiu a aprovação de cinco pesquisas, uma delas é enviar por meio de um satélite na Virginia, nos Estados Unidos, ovos de Aedes aegypti para o espaço. “Essa é a fase que tem mais dificuldades para combater porque são mais resistentes. Nosso objetivo é coletar dados sobre essa fase para ajudar nas pesquisas”, explicou a professora de ciências Claudette Soares.
Também podem participar do programa alunos do Ensino para Jovens e Adultos. É o caso de Erenildo Dias, de 25 anos, e João Pedro de Oliveira, de 19, que estudam na Escola Municipal Lídia Leitão de Albernaz, no Parque Cidade Luz. “Eu gosto muito de informática e quem gosta de informática, gosta de robótica”, afirmou Erenildo.
Conhecimento da universidade na construção do município
A estudante de jornalismo e estagiária da Folha da Manhã Catarine Barreto foi uma das participantes da 1ª edição do Viva Ciência e elaborou uma pesquisa sobre os times das Usinas de Cana de Açúcar de Campos, clubes que passaram pela história futebolística da nossa cidade, mas que foram esquecidos com o passar do tempo. “O objetivo era resgatar essa história raiz ligada ao futebol, dando visibilidade a clubes como São José, São João, Cambaíba, Paraíso de Tocos, que fomentaram jogadores para clubes grandes como Índio, que saiu do Cambaíba e jogou no Botafogo”. Ela elogiou a organização do programa. “Mantiveram todas as datas, não atrasaram as bolsa e não fugiram em nada do que prometeram”, comentou.
Eduardo Shimoda é professor universitário e orientador de dois alunos de graduação que foram contemplados pelas bolsas do Viva a Ciência. Ele destacou as vantagens do programa. “Ele desenvolve a vontade de aprender. O aluno vai ser uma pessoa que socialmente vai aprender uma série de coisas e poderá fazer diferença no município e no país, vai contribuir socialmente”, completou.
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