PGR analisa morte de Marielle Franco
21/09/2018 22:03 - Atualizado em 25/09/2018 17:23
Seis meses após os assassinatos da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista dela Anderson Gomes, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, analisará um depoimento dado pelo principal suspeito do crime. A expectativa é que, após a análise, a Procuradoria Geral da República (PGR) decida se pede ou não a federalização das investigações. Se isso acontecer, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) assumirão a condução da apuração.
O depoimento em questão é do ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando da Curicica, que está preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e é apontado pela polícia como o principal suspeito do crime. Porém, segundo informações do jornal “O Globo”, o suspeito alega no depoimento sofrer coação para assumir o crime.
O depoimento do suspeito, de teor confidencial, chegou ao gabinete da procuradora-geral da República. Se Dodge entender que há indícios de que a investigação esteja comprometida, poderá decidir pela federalização. O pedido seria feito ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a quem cabe decidir sobre deslocamento de competência – termo técnico para mudança de jurisdição – de apurações.
Em março, após o assassinato, Dodge começou a avaliar a necessidade da federalização. Na ocasião, a procuradora informou que acompanhava a investigação “atentamente”, mas que naquele momento não havia necessidade de federalizar as investigações.
— A nossa expectativa é que isso não seja necessário, mas é preciso acompanhar, porque temos um país em que o nível de impunidade ainda é muito elevado — afirmou Raquel Dodge na ocasião.
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, tem defendido publicamente há meses, que a Polícia Federal fique à frente das investigações. (S.M.) (A.N.)

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