Conheça as 15 perguntas que Romário não quis responder
Aluysio Abreu Barbosa, Arnaldo Neto e Aldir Sales 21/09/2018 20:48 - Atualizado em 25/09/2018 17:25
Romário Faria (Podemos) foi um dos maiores atacantes da história do futebol mundial. Considerado o principal jogador do tetracampeonato brasileiro na Copa do Mundo de 1994, só não participou da campanha do penta, em 2002, porque se recusou a ir à Copa América de 2001. Alegou que se submeteria a uma cirurgia, que não fez para viajar em excursão pelo Vasco e acabou cortado pelo então técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari. Como político, o ex-craque foi deputado federal antes de se eleger senador, mandato que agora quer trocar pelo de governador no Estado do Rio. Começou a campanha como líder nas pesquisas, mas foi ultrapassado por Eduardo Paes (DEM) e agora briga por uma vaga ao segundo turno com Anthony Garotinho (PRP). Após já ter fugido de debate do jornal O Globo no dia 28 de agosto, Romário agora não quis responder às perguntas da Folha, enviadas à sua assessoria desde a manhã de terça, dia 18. Sem suas respostas, que você, leitor, conheça as perguntas.
Folha da Manhã – Esta pauta está sendo enviada antes da divulgação das novas pesquisas Ibope, na quarta (19), e Datafolha, na quinta (20). Mas nas duas última Datafolha, divulgada no último dia 6, o senhor ficou em segundo lugar, com 14% de intenções de voto, 10 pontos atrás do líder Eduardo Paes (DEM). Já na Ibope do dia 10, apareceu com 20%, apenas três pontos atrás de Paes, com quem dividiu a liderança na margem de erro. Como explicar tanta diferença?
Romário Faria –
Folha – Ainda segundo as últimas pesquisas, o senhor lidera as intenções de voto no interior fluminense, com 21% na Datafolha e 23%, no Ibope. O fato de ganhar de Anthony Garotinho (PRP) onde sempre foi reduto dele, é a explicação para superá-lo em todas as pesquisas?
Romário –
Folha – O senhor hoje é crítico de Eduardo Paes, mas teve forte atuação na secretaria de Esportes do Rio, quando ele foi prefeito, chegando a indicar o titular da pasta, Marcos Braz, em janeiro de 2015. Lá também teve lotados sua irmã Zoraidi Faria, seu sobrinho Leonardo Faria, sua então namorada, Daiane Cattani, além de pelo menos cinco amigos. Como chegou a ter tanta influência e como foi esse rompimento?
Romário –
Folha – O senhor tem depoimento na quinta (20), no 9º Juizado Especial Criminal da Barra da Tijuca, para responder por fraude processual e lesão corporal culposa. O caso foi em 16 de dezembro, quando um Porsche avançou o sinal e atropelou um motociclista. Sua alegação na sabatina do RJ 1 foi de que “isso é mais uma fofoca com meu nome”. Mas uma testemunha do Ministério Público afirma que era o senhor o condutor do carro, não seu amigo Marcelo Antônio Soares Wagner, o Tokão, que assumiu a culpa. A testemunha também afirma ter sido intimidada no local do acidente. O que pode dizer sobre o caso?
Romário –
Folha – O Porsche envolvido no atropelamento, avaliado em R$ 350 mil, seria apreendido depois pela Justiça, para pagamento de suas dívidas com credores, em torno de R$ 20 milhões. O carro, que tinha 68 multas acumuladas desde dezembro de 2014, a maioria por excesso de velocidade, estava em nome da sua irmã Zoraidi, mas a Justiça entendeu que ele era de fato seu. O senhor alegou que apenas usava o carro “emprestado”. Como está essa situação?
Romário –
Folha – O senhor tem Wilson Mausauer Júnior, que chama de Wilsinho, como assessor parlamentar. Ele foi seu segurança e motorista, nos tempos de jogador, funcionário do seu antigo restaurante Café Gol e, depois, na Câmara Federal. Mas também é réu na 2ª Vara Criminal de Guapimirim, na Baixada Fluminense, sob a acusação de quatro homicídios qualificados, por enforcamento após espancamento, ocultação de cadáver e formação de quadrilha. É uma relação adequada a um senador da República e candidato a governador?
Romário –
Folha – O senhor teve desempenho considerado fraco no debate da Band, de 16 de setembro. E não foi ao debate seguinte, no dia 28 daquele mês, promovido pelo jornal O Globo. Trabalha para melhorar nos debates? Há como se ausentar deles num eventual segundo turno?
Romário –
Folha – Garotinho disse que o senhor “tremeu” no debate. Sua resposta foi dizer que Garotinho roubou, se referindo à condenação dele pelo desvio de R$ 234 milhões da Saúde, no governo estadual Rosinha. E também acusou Paes de ser coautor de duas mortes, no desabamento de um trecho da ciclovia Tim Maia. É esse o tipo de debate que podemos esperar dos principais candidatos a governador do Rio?
Romário –
Folha – Sob intervenção militar do governo federal, a Segurança é hoje um dos principais problemas do Estado do Rio. O senhor já disse que é contra a intervenção. O reforço ao policiamento ostensivo, que tem defendido, é a solução? Por quê?
Romário –
Folha – Além da violência, o Estado do Rio vive também um quadro de insolvência financeira. O que pensa sobre o regime de recuperação fiscal firmado entre os governos Michel Temer e Luiz Fernando Pezão, ambos do MDB. Propõe algo diferente?
Romário –
Folha – A face mais cruel da falência financeira do Estado se dá sobre os servidores ativos e inativos. Qual o seu compromisso em honrar mensalmente esses vencimentos?
Romário –
Folha – Outra face do caos financeiro se dá sobre o abandono da Uenf e do Colégio Agrícola Antônio Sarlo. No debate da Band, quando perguntados sobre a Uerj, apenas Garotinho, Paes e Tarcísio lembraram que a Uenf também existe. O senhor, não. Por quê?
Romário –
Folha – Quais são seus planos para Porto do Açu na questão do desenvolvimento específico do Norte Fluminense?
Romário –
Folha – Com sua foz em Atafona assoreada, o rio Paraíba do Sul sofre há bastante tempo em período de estiagem. Há registro de língua salina já no distrito de Barcelos. Há vida para Campos, São João da Barra e São Francisco de Itabapoana sem o rio que os formou? Como recuperá-lo?
Romário –
Folha – O que Campos, Norte e Noroeste Fluminense devem esperar de Romário governador?
Romário –

ÚLTIMAS NOTÍCIAS