Tropas federais em Campos e na região
13/09/2018 10:58 - Atualizado em 14/09/2018 14:48
Folha da Manhã
Mais uma vez, Campos terá o reforço de tropas federais na eleição de outubro. Além disso, na região, São João da Barra, São Francisco de Itabapoana e São Fidélis estão entre os 69 municípios do Estado do Rio que terão forças federais para garantir a segurança durante o pleito eleitoral. Em princípio, as tropas focarão os trabalhos na área de abrangência da 129ª Zona Eleitoral.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já autorizou a presença do efetivo em 232 zonas eleitorais de 361 localidades de cinco estados do país: além do Rio, Acre (11 localidades), Maranhão (72), Piauí (112) e Rio Grande do Norte (97). A medida, prevista no inciso XIV do artigo 23 da Lei nº 4.737/65 (Código Eleitoral), visa garantir que a realização do pleito ocorra com tranquilidade e segurança.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, a missão das tropas, formada por militares das Forças Armadas, é assegurar o livre exercício do voto, mantendo a normalidade no dia do pleito, e garantir a apuração dos resultados das eleições nas localidades em que a segurança pública dos estados necessita de reforço.
Em Campos, a primeira vez que as tropas federais reforçaram a segurança foi na eleição municipal de 2004, quando os grupos políticos do ex-governador Anthony Garotinho, à época secretário estadual no governo da esposa Rosinha, e do então prefeito Arnaldo Vianna se enfrentaram no segundo turno.
O uso dos programas sociais do Estado e Município e até casos de violência em comícios levou juízes eleitorais a pedirem a medida ao TRE. Nos anos seguintes, em quase todas as eleições no município foi registrada presença das forças federais para garantir a segurança dos eleitores e lisura no pleito.
A área de abrangência da 129ª ZE atinge pontos críticos e populosos do município: vai de Caxeta — Ibitioca, no 10º Distrito, passando por Cantagalo, Carvão, Conceição do Imbé, Dores De Macabu, Guriri, Iterere, Lagoa de Cima, Mocotó do Imbé, Morangaba.
Também abrange a margem esquerda do rio Paraíba do Sul, nos Parque Aldeia, Parque Cidade Luz, Parque Fundão, Parque Guarus, Parque Lebret, Parque São José, Parque São Mateus, Penha — Fazenda Chalita, Pernambuca, Ponta da Lama, Quilombo, Santo Amaro — Fazenda Água Fria, fechando em Serrinha, Tapera, Três Vendas, Ururaí, Usina do Queimado, Usina Santa Cruz e Usina Sapucaia.
TRE barra Kellinho e Davi Loureiro na Ficha Limpa
O plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) barrou as candidaturas a deputado estadual do vereador afastado de Campos, Kellinho (Pros), e do ex-prefeito de São Fidélis, Davi Loureiro (PRP). As decisões foram tomadas na sessão desta quarta-feira (12) e os desembargadores consideraram os dois inelegíveis com base na Lei da Ficha Limpa. Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em ambos os casos.
Os dois fazem parte do grupo político do ex-governador Anthony Garotinho (PRP), que também teve a candidatura ao Governo do Estado barrada pelo TRE também com base na Ficha Limpa.
Kellinho foi eleito vereador em Campos há dois anos, mas acabou condenado em segunda instância no “escandaloso esquema” de troca de votos por Cheque Cidadão na eleição municipal de 2016. Com isso, ele recorre ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas fora do cargo.
Já Davi Loureiro foi condenado em 2013 pela 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) por prática dolosa de improbidade administrativa e a perda dos direitos políticos por oito anos. Segundo a sentença condenatória, Loureiro “nomeou servidoras fictícias para ocupar cargo de confiança, com o escuso intento de remunerar outro réu por um pretenso serviço de contador que lhe prestaria” durante o período em que foi prefeito de São Fidélis.
Queixa de Garotinho sobre falta de apoio
Aliança do candidato ao Governo do Estado, Anthony Garotinho (PRP), e o prefeito do Rio, Marcello Crivella (PRB), para a eleição, anda longe da “mil maravilhas”. O ex-governador divulgou um vídeo se queixando de, na prática, ter seu nome boicotado pelo aliado.
Formalmente, o PRB, partido de Crivella e controlado pela Igreja Universal do Reino de Deus, está na coligação de Garotinho, mas o prefeito ainda não fez atos de apoio ao ex-governador. Além disso, Garotinho está incomodado com o fato de santinhos da campanha de Marcellinho Crivella, filho do prefeito e candidato a deputado federal pelo PRB, omitirem o seu nome no campo destinado ao candidato a governador da chapa.
Haddad, Marina e Ciro um dia depois de Lula
Um dia após o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad assumir oficialmente a cabeça de chapa do PT na disputa pela Presidência, no lugar do ex-presidente Lula, preso desde abril e barrado pela Ficha Limpa, a movimentação foi intensa. A candidata da Rede, Marina Silva, endureceu o tom e afirmou que Haddad, é “muito semelhante” à ex-presidente Dilma Rousseff. Antes, ela havia dito que Lula é corrupto. Já Ciro Gomes, do PDT, criticou o PT, mas poupou Lula. Ele ainda criticou Jair Bolsonaro (PSL).
Segundo Marina Silva, votar em “indicado” pode levar o Brasil novamente a um “poço sem fundo”. Ex-ministra do governo Luiz Inácio Lula da Silva, Marina Silva se referia ao fato de Haddad - assim como Dilma em 2010 e 2014 — ter sido apadrinhado por Lula na eleição presidencial. Afirmou, também, que não se arrepende de ter apoiado o impeachment de Dilma.
Haddad assumiu a candidatura e ontem se manifestou contra a PEC dos gastos públicos. Ele é candidato com a “benção” de Lula, que escreveu uma carta em acata decisão do TSE, anuncia a desistência da candidatura presidencial e indica Haddad (PT) como postulante ao Planalto e Manuela D’Ávila (PC do B) como sua vice. Na carta, Lula pede que Haddad cuide das pessoas, “como eu gostaria de estar cuidando”.
Outro candidato, Ciro Gomes disse, em sabatina promovida pelos jornais “O Globo”, “Valor Econômico” e pela revista “Época”, que o general Hamilton Mourão, vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), é um “jumento de carga”.
Ciro disse ainda que, caso eleito, em seu governo militar não pode falar de política. Quer as Forças Armadas altivas. Mas ele será o chefe.Sobre a declaração do Comandante Villas Boas que próximo presidente pode não ter legitimidade, Ciro afirmou: “estaria demitido e provavelmente pegaria uma ‘cana’”.
Ao final da entrevista, Ciro Gomes prometeu “sair da política” caso Jair Bolsonaro (PSL) seja eleito presidente: “Vou desejar boa sorte e chorar”, afirmou o candidato do PDT. (S.M.) (A.N.)

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