Arquivo Público faz levantamento
13/10/2017 19:09 - Atualizado em 17/10/2017 14:55
O Arquivo Público Municipal iniciou nesta semana, o levantamento para organização, recuperação e conservação dos documentos relativos a sepultamentos dos 24 cemitérios públicos municipais. O termo coorporativo foi assinado em março pela Companhia de Desenvolvimento de Campos (Codemca), Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) e o Arquivo Público Municipal e haverá a transferência para guarda e tratamento técnico de todo o acervo. O Arquivo Público é o único laboratório de restauração do interior do estado.
O termo coorporativo prevê a identificação primária do acervo para saber quais etapas deverão ser feitas na recuperação e fazer que a gestão dos documentos seja expandida através de um sistema de banco de dados para organizar, estruturar e distribuir as informações.
— São cerca de 130 desses documentos. Realizamos o levantamento e muitos deles por estarem escritos com tinta esferográfica, acabam prejudicando ainda mais o nosso trabalho, já que precisam ser tratados a mão, com mais cuidado. Os outros podem ser levados diretamente às máquinas — explica a historiadora do Arquivo Público, Rafaela Machado.
São registros com início na década de 1920 e grande parte dos livros de sepultamento está deteriorada. Somente no Cemitério do Caju, o maior do interior do Estado, são mais de 30 mil túmulos. Do período da fundação do cemitério, em 1865, até 1920, os registros de sepultamentos foram perdidos.
Segundo o assessor da Codemca, Heraldo Modesto, a importância da restauração não é só pela preservação da memória, mas também pela questão jurídica. “Muitos livros foram perdidos. Agora na parceria com o Arquivo Público ficamos tranquilos, pois sabemos que, além de ser restaurada, a memória estará preservada e quando as pessoas quiserem consultar, estará tudo aqui”, pontua Modesto.
Para Rafaela, as capas dos livros de registro fazem parte da história de Campos, o que representa a evolução da cidade. “As capas são importantíssimas para Campos. Aqui representa a história das epidemias, das doenças e das enchentes. A história dos mortos é também a história da evolução”.

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