Fábio Ribeiro: "Não quero crer em perseguição"
“Vamos pensar agora, não na eleição. Vamos pensar naquele que nos leva ao poder, que é o cidadão de Campos.”, refletiu Fábio Ribeiro (PP), secretário de Obras, Urbanismo e Mobilidade, sobre a o impasse do confinanciamento para a Saúde de Campos e o papel de Wladimir e Rodrigo Bacellar nesta questão. Eleito no pleito pelo Progressistas com 4.483 votos e de volta ao secretariado da gestão Wladimir, Fábio comentou a situação atual do governo e os desafios que estão enfrentando com neste novo mandato, como a demissão dos RPAs e crise financeira na Prefeitura de Campos. Ele ainda falou sobre as possibilidades eleitorais na eleição ao legislativo estadual e nacional.
Papel do estado – “Eu não quero crer que seja perseguição política, porque não pode ser, não cabe. Não quero crer que uma pessoa, por causa de uma questão política, sacrifique vidas. Quando o prefeito, na sua autoridade, falou sobre mãos ensanguentadas, ele quis dar um choque para chamar atenção de todos, do cidadão e também das autoridades.”
Cofinanciamento da Saúde – “Rodrigo Bacellar foi governador por dez dias. Poderia ter regularizado a questão do confinamento. Então, por isso que eu não estou pregando aqui a pacificação. Mas vamos pensar agora, não na eleição. Vamos pensar naquele que nos leva ao poder, que é o cidadão de Campos.”
Acirramento – “A questão da pacificação, a gente que é um momento que está se acirrando. E todo político tem um grupo dele. E cabe a gente, nós que estamos no papel institucional, em vez de colocar gasolina, colocar água.”
Chance de Rodrigo – “Existe hoje uma inadimplência do estado do Rio com o município de Campos. Não é botar fogo, mas o Rodrigo Bacellar foi governador durante dez dias, teve a oportunidade realmente de prestar esse serviço para Campos e não prestou. Ele teve essa oportunidade de fazer pelo cidadão de Campos e não fez.”
Luta pelo repasse – “Estou aqui nesse tema especificamente do cofinanciamento alertando a população que essa luta é nossa. Essa luta do repasse é independente da questão partidária. O presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, que é campista, que esteve no governo dez dias, que poderia ter dado uma solução e não deu.”
Dívida do Estado – “Hoje no financiamento da saúde o Estado deve ao município de Campos R$ 94 milhões. Mas você pode pensar, no orçamento de R$ 3 bilhões, isso não é muita coisa. Mas vai tocar o dia a dia. Vai tocar uma saúde que você tem 500 mil cidadãos, segundo o IBGE, e tem 800 mil carteirinhas do SUS na cidade. Por quê? Porque o Campos hoje é o polo regional.”
Falta verba – “As pessoas da nossa região estão procurando a saúde de Campos, mas o dinheiro que financia não vem. Isso causa um desequilíbrio muito grande, que interfere. Entre saúde e obra, entre você parar uma obra ou você salvar uma vida, por isso que o prefeito falou nessa questão da mão de sangue, e ele está coberto de razão. É que você parar uma obra e salvar uma vida, você vai parar uma obra sempre.”
Atendemos todos – “Nós temos 500 mil habitantes, nós temos 800 mil cartões de SUS. Nós temos 300 mil pessoas que podem acionar o sistema de saúde de Campos que não pertence a cidade. E cadê a arrecadação para isso? Não vem. Então é uma coisa séria.”
Papel institucional – “Agora eu não sei se cabe a pacificação política, mas cabe a gente ter a responsabilidade do nosso papel institucional. Nós temos que ter a figura institucional. Então, eu queria ser testemunha do crescimento do parlamentar hoje de Campos, do vereador. Nós somos 19 reeleitos e esse primeiro momento na legislatura passada fez com que hoje a gente tenha comportamento um pouco diferente. Então, hoje, existe nos bastidores, vamos dizer assim, um comportamento de pensar Campos, de crescer Campos.”
Papel institucional – “Agora eu não sei se cabe a pacificação política, mas cabe a gente ter a responsabilidade do nosso papel institucional. Nós temos que ter a figura institucional. Então, eu queria ser testemunha do crescimento do parlamentar hoje de Campos, do vereador. Nós somos 19 reeleitos e esse primeiro momento na legislatura passada fez com que hoje a gente tenha comportamento um pouco diferente. Então, hoje, existe nos bastidores, vamos dizer assim, um comportamento de pensar Campos, de crescer Campos.”
Juntos no momento difícil – “Não estou pregando a pacificação, mas estou pregando que nós vivemos um momento difícil e nós temos que ter aqui nossos papéis institucionais preservados. O que que é isso? Nós temos o prefeito de Campos, que ontem, na data de ontem, ele deu o sinal que ele é prefeito de Campos. Independente de ter um adversário político na cidade como o Rodrigo Bacellar, ele precisa do Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, para que junto ao governo do Estado regularize aquilo que está, vamos dizer assim, irregular.”
Pacificação – “Durante 2022 foi aquela guerra na Câmara, aquela guerra na política campista. Quando chegou a pacificação no final de 2022, isso teve consequências para a Campos muito boas.”
Crise gera oportunidades – “Toda crise tem uma oportunidade. Então hoje nós estamos em crise sim, mas a oportunidade de crescer é muito grande. Por exemplo, a gente está falando aqui de briga entre Wladimir e Bacellar, mas são dois campistas hoje que estão em evidência no Estado. Então a gente tem que aproveitar essa onda. Por isso que eu falo, vamos trabalhar de forma institucional agora.”
Chances de Wladimir – “Tudo é possível. E Wladimir, além de ter carisma, ele tem nome e sobrenome. Os pais foram dois governadores do estado, onde Rosinha tem uma influência muito grande na Baixada. E Wladimir é um prefeito que está dando certo, está tomando as medidas certas. Hoje é muito bem avaliado, teve uma reeleição recorde, votação recorde em termos nominativos, em termos de votos. Então acredito que não está descartado não.”
Disputa para o Senado – “Acredito muito nessa linha. Hoje você tem duas vagas, uma da direita e outra da esquerda. O Rio é conservador, acho que o Flávio está reeleito, na minha concepção hoje. E vejo uma briga de um Cláudio Castro com a Benedita. É a leitura que eu faço hoje.”
Deputado federal – “Campos hoje tem uma deficiência, a gente não tem deputado federal. O Caio ele é na suplente, mas está lá fazendo um papel brilhante. Mas eu acho que nós temos que eleger um deputado federal. Campos hoje está com essa carência. Aquilo que a gente falou aqui, o dinheiro novo, ou seja, é dinheiro das emendas. Isso atrapalha muito o município. A gente vê, realmente, o nome dela (Tassiana) fortalecendo. Tem a possibilidade do Wladimir. E tem a possibilidade de outros nomes, do próprio Caio Vianna. Mas a convicção que a gente precisa ter essa candidatura.”
Deputado estadual – “Nós vamos também trabalhar com três candidaturas estaduais. Então isso é conversa, isso pode mudar o cenário também, que a gente está distante. Mas a princípio o que a gente tem conversado é nesse sentido. A gente vai conversar sobre a candidatura federal com vários nomes possíveis e a estadual nós já temos a pré-candidatura do deputado Bruno Dauaire e do Thiago Virgílio, podendo também ter a pré-candidatura do nosso deputado federal Caio (Vianna), que também figura lá em cima.”
Deputado estadual – “Nós vamos também trabalhar com três candidaturas estaduais. Então isso é conversa, isso pode mudar o cenário também, que a gente está distante. Mas a princípio o que a gente tem conversado é nesse sentido. A gente vai conversar sobre a candidatura federal com vários nomes possíveis e a estadual nós já temos a pré-candidatura do deputado Bruno Dauaire e do Thiago Virgílio, podendo também ter a pré-candidatura do nosso deputado federal Caio (Vianna), que também figura lá em cima.”
Dificuldades de Castro – “No governo estadual, a gente percebe também a enorme dificuldade que tem o Cláudio com a questão das finanças. Ele está aí comemorando a vitória da semana passada que o Tófoli prorrogou a recuperação fiscal do Estado. Eu, como funcionário estadual, fiquei aliviado. Porque a gente sabe que aquele que é um gestor responsável, a primeira obrigação dele é o quê? É pagar pessoal. Você tem que pagar. Qualquer gestor, seja ele gestor público ou gestor privado, ele tem que pagar seus funcionários. Então, essa recuperação fiscal para o funcionário estadual deu um certo alívio e também para o povo do estado do Rio de Janeiro.”
Política nacional – “O cenário é um cenário diferente. Se a gente for analisar o cenário nacional que influencia muito na nossa realidade local, a gente percebe que o governo federal hoje está lutando para aumentar imposto. Para quê? Para aumentar sua arrecadação. Hoje existe um déficit federal muito grande. Então, a gente vê o governo Lula, que perdeu politicamente a questão do IOF, lutar no STF para que isso seja vitorioso.”
Responsabilidade – “Na nossa realidade local, a gente vê pelo reflexo dessa questão de perder o aceleramento nas receitas do governo federal e estadual, também o município passa por dificuldade. E a gente vê no governo Wladimir, diferente dos governos estadual e federal, a responsabilidade de fazer o dever de casa.”
Nota para Wladimir – “Eu dou 10 para esse início de governo do Wladimir. Apesar de estar aí 180 dias, ele está tendo a coragem de frear. Porque tem gente que não tem freio. Tem que colocar o pé no freio no momento certo, na graduação certa. Porque você tem que frear, mas não pode parar o carro, o carro tem que andar.”
Gestor Wladimir – “Ele é um bom maestro, mas tem bons músicos que estão tocando afinadinhos. Quando você tem uma orquestra afinada, tenho certeza que em breve a gente está superando essa dificuldade. Mas a gente tem que ter a consciência de que nós estamos vivendo um momento difícil.”
Wladimir 2 – “Posso reafirmar que, mesmo sendo o segundo mandato, você vê que esse início é um início de dificuldades, não é um início de continuidade de arrecadação. A gente vê também, e a gente sabe disso, a gente que está no meio político, que a população, qualquer governo, ela dá uma carência de 180 dias.”
Obras no Wladimir 1 – “Gente teve, em 2023, eu posso falar isso como secretário de Obras, que teve um boom de obras em Campos. Nós fizemos bairros legais do estado e do município, nós fizemos recapeamento de vias do estado e do município. Aqui, no Centro, pelo recurso estadual. Em Guarus, pelo recurso municipal. Começamos a construir a Clínica de Hemodiálise, reformamos o HGG, Ferreira Machado, Hemocentro. Então, teve investimentos.”
Tamanho da máquina – “Por que a reforma administrativa? Por duas razões. Primeiro que você tem que, infelizmente, mas felizmente também, diminuir o tamanho da máquina. Por quê? Porque caindo a arrecadação, não tem como você manter o tamanho que a máquina está. Não estou falando que a máquina de Campos está muito inchada, não. Só estou falando que se você diminuir a sua receita, tem que diminuir o seu custeio.”
Dificuldades – “Esses seis meses, são de dificuldade. O Wladimir foi um recordista na votação das urnas em outubro, teve quase 200 mil votos. É comum na política, você chega no ápice e depois você tem um decréscimo. Quando você fala assim, você acha que a popularidade do Wladimir caiu? Não é que caiu a popularidade, mas com a questão da dificuldade, você tem a necessidade de tomar medidas, o que é isso? É desligar pessoas, por exemplo. Esse desligamento de pessoas não é só pela questão da perda de receita, mas também por força do TAG (Termo de Ajustamento de Gestão) que foi feito no Tribunal de Contas.
Crise financeira – “Ao contrário do que os vereadores da oposição falam, de que é para aumentar o cabide de emprego, nada disso. Muito pelo contrário, nós estamos passando por dificuldade com o nosso time. Porque o nosso time está sendo desligado. Mas estamos entendendo a dificuldade do município e a gente tem que fazer a nossa parte.”
Pacote da maldade – “No primeiro governo, eu era presidente da Câmara e a gente teve que fazer o famoso pacote da maldade que teve consequências e reflexos políticos e na economia. Mas, graças a Deus, dos 13 projetos apresentados pelo poder Executivo, nós aprovamos 12. Só ficou para trás a alteração do código tributário. Mas as medidas tomadas foram suficientes. Campos realmente voltou a crescer a partir de janeiro de 2023.”
Gastos do governo – “Não é que gastou demais, não teve gasto demais. Mas a arrecadação não foi efetivada naquela fonte, ela foi efetivada em outra fonte. Eu fiquei afastado durante o ano de 2024, mas fiquei acompanhando. Então, isso aí pode ter acontecido. Mas não teve essa questão de gastos, não teve isso.”
Dificuldades – “É uma determinação do Tribunal de Contas que a gente tem que tomar. É um momento difícil. Você tem um litígio político, você tem uma queda de arrecadação do seu município e você tem obrigações a cumprir decorrente de várias questões que não é do seu governo, que vem lá de trás.”
Centro de Campos – “O centro hoje, de toda cidade, Rio de Janeiro, Nova Iorque, ele se tornou residencial. Nós temos que trazer residências para o nosso município, porque tem que ser um bairro. O Centro hoje tem que ser um bairro, porque a cultura, hoje, mundial é diferente.”
Plano diretor – “Vamos reformular. Esse desafio me agrada muito, porque eu sempre pensei muito em desenvolvimento no município. Sou o defensor que nós temos que sair da dependência dos royalties e nós temos vocações para isso, vocações como agricultura, como turismo, nós temos várias possibilidades.”
Presidência de Fred Rangel – “Parabenizar o nosso presidente Fred Rangel, que tem sido um maestro muito equilibrado. Marquinho Bacellar e Fábio Ribeiro eles são mais aguerridos. O Fred já é mais equilibrado e é a pessoa certa no momento certo, vamos dizer assim. Eu tive um momento, Marquinho teve outro, nós crescemos, amadurecemos. E hoje a Câmara eu acho que cresce com a figura do nosso presidente.”