Um grupo de pesquisadores da Fundação Casa de Rui Barbosa está em Campos para estudar edificações históricas. As visitas começaram na segunda-feira (30), pelo Solar Santo Antônio, cujo prédio histórico está interditado, e abriga o Asilo Nossa Senhora do Carmo. Nesta terça-feira (1º), a visitação será ao Solar do Colégio, em Tocos, com pesquisa no Arquivo Municipal, além de uma reunião com o arquiteto Humberto Chagas.

O grupo de pesquisa é capitaneado pelo diretor do Centro de Pesquisa Marcelo Viana. A coordenação do trabalho está por conta da pesquisadora e arquiteta Ana Pessoa, que desenvolve o projeto "A casa da elite fluminense no Brasil oitocentista", que visa analisar residências rurais e urbanas do século XIX, destacando as transformações estéticas e funcionais da época e as redes de sociabilidade de seus proprietários e construtores.

As casas, sendo a pesquisadora, são consideradas, portanto, documentos essenciais para compreender a vida social e a paisagem rural e urbana do período imperial, além de suas repercussões na contemporaneidade.

A pesquisa está vinculada ao projeto de longa duração "A Casa Senhorial em Portugal, Brasil e Goa: Anatomia de Interiores", parceria entre a Fundação Casa de Rui Barbosa e a Universidade Nova de Lisboa, que disponibiliza materiais de pesquisa através do site luso-brasileiro acasasenhorial.org, hoje com de 230 registros brasileiros, e articula pesquisadores brasileiros, portugueses e goeses.

Em fases anteriores, a equipe abordou residências rurais e urbanas de Vassouras, Valença, Bananal, Petrópolis, Cantagalo e Nova Friburgo. A pesquisa envolve análise bibliográfica, levantamento documental e visitas técnicas, contando com a colaboração de proprietários das residências e estudiosos locais. O objetivo do grupo é aprofundar o conhecimento sobre essas construções históricas e contribuir para a valorização do patrimônio local, com a produção de conteúdo acadêmico e divulgação dos resultados.

Para Campos, o grupo elencou uma série de residências, que são objeto de pesquisas nos arquivos históricos do Rio de Janeiro e Campos, e serão analisadas presencialmente pela equipe em pesquisa de campo prevista para início de julho: Solar Santo Antônio, Solar do Colégio (Consulta Arquivo), Solar do Barão da Lagoa Dourada (Liceu Humanidades), Solar Barão de Pirapitinga (Hotel Amazonas), Solar do Visconde de Araruama (Museu), Solar da Baronesa e Solar dos Airizes.

Agenda:
Quarta-feira - 2 julho
Manhã - Solar do Barão da Lagoa Dourada (Liceu Humanidades) e Vila Maria (UENF)
Tarde - 14h Solar da Baronesa de Muriaé

Quinta-feira - 3 julho
Manhã - 10h Solar do Visconde de Araruama (Museu)
Tarde - 14h Solar dos Ayrizes