Saulo Pessanha
07/04/2025 12:26 - Atualizado em 07/04/2025 12:27
Os 50 anos da fusão RJ-GB mereceram poucas linhas nos jornais. Certamente porque tanto pelo lado de lá (antiga Guanabara) como pelo lado de cá (antigo Estado do Rio de Janeiro) não há contentamento com o processo imposto em 1975 pelo governo militar.
Efetivada, a fusão RJ-GB, com o decorrer dos anos, acabou não agradando aos dois lados. Inclusive, tempos mais tarde, o deputado campista Aluizio de Castro (falecido) levantou na Assembleia Legislativa um movimento pró-desfusão. A ideia não evoluiu.
A cidade de Niterói, que era a capital do antigo Estado do Rio de Janeiro, perdeu muito com a fusão. Assim é que o Fluminense, o seu principal jornal, resistiu o quanto pôde, mas acabou fechando.
O Fluminense foi um jornal centenário. Teve, inclusive, sucursal em Campos, no início dos anos 70. Era comandada pelo saudoso jornalista Martinho Santafé.
Ao perder o status de capital de estado e sendo convertida em sede de um município, Niterói, onde moram tantos campistas, vivenciou um processo de esvaziamento, sobretudo econômico.