Os empresários do setor produtivo de Campos voltaram a se reunir nesta segunda-feira (9). Na eminência do projeto que trata do Novo Código Tributário ir para a pauta da Câmara nesta semana, o grupo continua firme na posição de não aceitar nenhum aumento de imposto como pretende o governo Wladimir Garotinho (PSD). A reunião aconteceu nesta tarde, na Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), com a participação de sete vereadores.

Segundo o presidente da CDL, José Francisco Rodrigues, a luta contra aumento de tributo é grande, num país com carga tributária gigante. -Mantemos nossa posição de não aceitar nenhum aumento tributário no município. É preciso políticas sim, para aumentar o número de empregos, com apoio ao comércio e indústria. A pandemia da Covid-19 também não acabou e não sabemos o que pode ocorrer nos próximos meses -, destaca. 

O presidente da Associação Comércio e Industrial de Campos (Acic), Leonardo de Abreu, disse que os empresários não estão dispostos a aceitar nenhum tipo de aumento de imposto neste período difícil pelo qual passa a economia ainda reflexo da pandemia da Covid-19.

A Firjan também acompanha com preocupação a possível aprovação do Projeto de Lei Complementar nº 97/2021, que altera o Código Tributário de Campos. Em nota, a Federação afirma que as “empresas impactadas pela medida são grandes geradores de emprego aos cidadãos campistas, promovem o sustento de suas famílias e geram renda e riqueza ao município. Em que pese a justificativa de alterar o Código Tributário, no sentido de que o aumento de tributo se faz necessário em razão da situação fiscal do município, o projeto parece desconhecer que as empresas do município também passam por uma situação delicada, em razão das sucessivas crises financeiras vividas no Estado do Rio de Janeiro, e agravadas pelos efeitos da Covid-19”.

A Firjan destaca, ainda, que é fundamental que, neste momento, as empresas tenham fôlego para equilibrarem suas contas e poderem voltar a investir e gerarem empregos aos cidadãos de Campos. “Certamente a Prefeitura e a Firjan têm o mesmo objetivo: fomentar a atividade econômica e permitir que a indústria do município tenha competitividade suficiente para atrair investimentos, o que, no entanto, só se dará com a redução da burocracia e da carga tributária para as empresas. Neste sentido, considerando a importância do assunto e seus reflexos em toda a sociedade, é fundamental que o tema seja discutido com a devida importância e profundidade. Como casa do povo, a Câmara dos Vereadores deve promover o debate; solicitar que a Prefeitura apresente, de forma clara, os impactos gerados em caso de aprovação do Projeto de Lei; e agendar audiências públicas para que a sociedade possa se manifestar. Apenas o esforço conjunto e a discussão profunda do tema serão capazes de construir um município forte, competitivo e justo”.