Sepe e epidemilogista falam sobre aulas com uma dose da vacina
Dora Paula Paes - Atualizado em 07/06/2021 21:18
  • Creche Escola Penha passa por ajustes (Foto: Rodrigo Silveira)

    Creche Escola Penha passa por ajustes (Foto: Rodrigo Silveira)

O Sepe, representante dos profissionais da Educação em Campos, espera que a Vigilância Sanitária, a secretaria Municipal de Saúde e o titular da pasta da Educação assinem, da mesma forma que estão exigindo de pais e profissionais, um documento de responsabilidade pelo retorno híbrido das aulas após 21 dias da primeira dose da vacina contra a Covid-19. O médico epidemiologista Nélio Artiles não compartilha da premissa editada em Diário Oficial, nesta segunda-feira (7). Segundo ele, são necessárias duas doses para uma imunização adequada. "Com a primeira já ocorre um grau de proteção, mas não suficiente para o efeito final", disse.
O médico, por outro lado, explica que trabalhos sobre esta área relatam que a atividade educacional deve ser a última a fechar e a primeira a reabrir independente de vacinas. "Crianças transmitem e adoecem menos. O ideal é que todos estejam vacinados. Mas com a escassez (vacinas), os cuidados devem ser os mesmos com rodízio presencial em áreas arejadas e respeitando as normas. Isto é essencial", disse.
A diretora do Sepe em Campos, Graciete Santana, ressalta que os professores da rede municipal aprovarama greve "Em defesa da vida". Na medida que esses profissionais forem chamados para o retorno híbrido, que é uma modalidade presencial, será possível sentir a adesão dos profissionais. Segundo ela, em relação aos 21 dias de imunização com a primeira dose, a secretaria de Educação está ignorando, que no caso da Astrazeneca, segundo a científica, precisa de 90 dias para tomar a segunda dose e ainda cabe uma janela até a imunização.
"A pergunta é: A Vigilância Sanitária, a secretaria de Saúde e o secretário de Educação vão se responsabilizar pela contaminação e contágio a partir da abertura das escolas? A categoria aprovou em assembleia que essas partes assinem um documento se responsabilizando pelas consequências disso. Acho que eles não vão se recusar ou negar a assinar nenhum documento nesse sentido. Além do mais, a Secretaria de Educação está fazendo com que pais, alunos e professores assinem um termo de compromisso se responsabilizandopelo retorno", disse Graciete.

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