PF faz operação contra fraudes de benefícios sociais em Campos e SJB
16/05/2018 11:31 - Atualizado em 17/05/2018 22:48
Operação Cardiopatas
Operação Cardiopatas / Paulo Pinheiro
Agentes da Polícia Federal, com apoio da Coordenação de Inteligência Previdenciária (Coinp), fizeram uma operação, denominada “Artrose”, na manhã desta quarta-feira (16), em diferentes pontos de Campos e São João da Barra. Um homem foi preso. O objetivo foi combater fraudes a benefícios relacionados à incapacidade, como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, entre outros. 
A ação, que é desdobramento da Operação Cardiopatas, também tem o intuito de cumprir quatro mandados de busca e apreensão. Ainda segundo os agentes federais, autores do crime cometiam fraudes para conseguir benefícios por incapacidade. Eles faziam exames médicos de imagem e conseguiam laudos falsos, que eram utilizados nas perícias do INSS.
Dessa forma, algumas pessoas pareciam apresentar doenças ortopédicas quando, na verdade, não eram portadoras. Até o momento, uma prisão foi efetuada. De acordo com a PF, o preso é apontado como integrante da organização criminosa. Ele foi levado para a Delegacia de Polícia Federal de Campos.
Operação Cardiopatas
A ação, ocorrida em 8 de dezembro de 2017, contou com 120 policiais federais e dois analistas de inteligência previdenciária, no cumprimento de 12 mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária, 15 de busca e apreensão e 20 de condução coercitiva, em diversas cidades como Campos, São João da Barra, Italva e Casimiro de Abreu.
Entre os investigados, havia técnicos do seguro social, médicos peritos, médicos particulares, agenciadores de benefícios e cooptados. A denúncia oferecida pelo MPF já foi recebida pela 1° Vara Criminal do Rio de Janeiro, e os réus responderão pelos delitos de integrar organização criminosa, peculato, corrupção e estelionato previdenciário.
No curso da investigação foram comprovadas fraudes relacionadas a pelo menos 67 beneficiários de auxílio-doença e/ou aposentadoria por invalidez, gerando um prejuízo apurado de, no mínimo, R$11.385.441,76 à Previdência Social. (J.L.) (A.N.)

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